Gwyneth Paltrow pensou que acidente de esqui era um ‘ataque sexual’

Atriz é acusada de ter esquiado imprudentemente e causado acidente com homem de 76 anos; ela alega ser a vítima

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Por Redação
Atualização:

O homem que está processando Gwyneth Paltrow por causa de uma colisão em 2016 em um dos resorts de esqui mais sofisticados da América do Norte, em Utah, deve depor na segunda-feira, 27, quando o julgamento presencial entra em sua segunda semana.

Os advogados disseram na sexta-feira que o optometrista aposentado Terry Sanderson, 76, provavelmente testemunhará primeiro na segunda-feira, antes que seus advogados liberem para a que equipe de Paltrow faça sua defesa. Espera-se que os advogados de Paltrow convoquem os dois filhos da atriz - Moses e Apple - e também um instrutor de esqui que estavam presentes no dia da colisão.

Gwyneth Paltrow se disse vítima no processo em que é acusada de ter provocado um acidente de esqui, em 2016 Foto: Rick Bowmer / EFE

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Sanderson está processando Paltrow em mais de US$ 300 mil, alegando que ela esquiou imprudentemente e o atingiu por trás, quebrando quatro de suas costelas e provocando um traumatismo craniano que, no pós-acidente, se manifestou como síndrome pós-concussão. Paltrow contestou e estipulou o valor simbólico de US $ 1 e honorários advocatícios em caso de vitória, alegando ser ela a vítima.

“O Sr. (Terry) Sanderson me bateu categoricamente nessa encosta”, afirmou Paltrow, na sexta-feira. Questionada pela advogada de Sanderson, Paltrow admitiu ter gritado: “Você esquiou direto na p... das minhas costas!”, após a colisão.

“Quando ele escorregou entre meus esquis, eu congelei completamente”, acrescentou Paltrow, que confessou que, “por um momento”, pensou que era um ataque com conotações sexuais. “Dois esquis entraram entre meus esquis, me forçando a abrir as pernas, e então havia um corpo me pressionando, e havia um grunhido muito estranho”, descreveu a atriz de 50 anos, que vestiu preto da cabeça aos pés e permaneceu calma por quase duas horas de interrogatório.

“Meu cérebro estava tentando entender o que estava acontecendo. Eu pensei: será que alguém estava fazendo algo pervertido? Foi muito, muito estranho. Eu me senti violada, fiquei chateada”, disse ela.

Terry Sanderson processa a atriz Gwyneth Paltrow por causar acidente com esqui, em 2016 Foto: Rick Bowmer / EFE

Paltrow, que estava com seus dois filhos e o marido Brad Falchuk, disse que deixou o local do incidente logo depois, mas alegou ter feito isso sob instruções do instrutor de esqui.

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(O instrutor) ficou e preencheu o relatório e se certificou de que o Sr. Anderson estava bem e me disse que eu poderia ir. Ele sabia que minha filha estava na base da montanha me esperando”, disse.

O julgamento em Park City, Utah, começou na terça-feira, 21. Lawrence D. Buhler, representante de Sanderson, afirmou que Paltrow estava esquiando de maneira “perigosa” e “descuidada”, causando em seu cliente “quatro costelas quebradas e danos cerebrais permanentes”.

A atriz negou repetidamente as alegações. “Eu estava esquiando calmamente”, garantiu. Paltrow reconheceu que não perguntou sobre a saúde de Sanderson após o acidente.

“Acho que você tem que entender que quando você é vítima de um acidente não necessariamente está pensando em quem o causou”, disse ela ao ser questionada pela advogada de Sanderson.

Steven Owens, o advogado da estrela de Hollywood, disse no início do julgamento que Sanderson está “obcecado” com o processo e que o caso era baseado em uma “alegação infundada”.

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