No festival Cine PE, Drica Moraes confirma 5ª temporada de ‘Sob Pressão’

Homenageada com o prêmio Calunga especial, no Recife, a atriz falou de seu papel na bem-sucedida série da Globo; festival acaba de consagrar obras importantes

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Homenageada pelo 23.º Cine PE, que lhe outorgou, no sábado, 3, um prêmio Calunga especial por sua carreira, a atriz Drica Moraes encontrou-se, na tarde daquele dia, com a imprensa reunida no Recife. Falou do troféu, dizendo-se ‘lisonjeada’. Acompanhada pelo filho Mateus, disse que é muito bom que a dramaturgia brasileira, de cinema e TV, esteja escrevendo tão bons papéis para mulheres de 50 anos. Um exemplo é a médica de Sob Pressão.

“Reuni-me esta semana (na verdade, a passada) com o diretor Andrucha Waddington e o (roteirista) Lucas Paraizo para debater a personagem. Estamos falando de mais duas temporadas, a quarta e a quinta, que a Globo confirmou para a equipe. Disse o que penso, e espero. É uma personagem tão rica que não gostaria que a doutora Vera ficasse estereotipada. Com as informações sobre o ex-marido e o filho, e um novo amor, a personagem tem tudo para ficar mais densa ainda.”

Homenagem. Drica Moraes com o filho: carinho do público no Recife. Foto: Felipe Souto Foto:

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Drica confirmou que colocou na médica muito do que viu como paciente, quando esteve, durante longos períodos de tratamento de câncer, tão próxima da morte. “Ter superado isso e voltado a trabalhar despertou em mim um apetite muito forte, uma coisa selvagem, uma urgência de atuar, de dar vida e sentimento a personagens diferentes de mim.” O festival terminou no domingo à noite, com a outorga dos Calungas aos melhores filmes de longa e curta-metragem.

Em 2017, o festival viveu um momento de crise. Diretores tiraram seus filmes da seleção, acusando a organização de haver dado uma guinada ‘à direita’. A vitória de O Jardim das Aflições, de Josias Teófilo, sobre Olavo de Carvalho, acirrou o protesto. Com nova curadoria (de Edu Fernandes), o Cine PE deu outra guinada este ano. O palco do Cine São Luiz – “onde os artistas são soberanos”, disse a apresentadora Nínive Caldas – abrigou críticas ao governo. 

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Venceram dois belos filmes – o longa Espero Tua (Re)volta, de Eliza Capai, sobre as ocupações de escolas por estudantes secundaristas de São Paulo, que estreia dia 15, e o curta Cor de Pele, de Lívia Perini.

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