Quatro filmes brasileiros estão entre os finalistas da competição de Novos Diretores da 26.ª Mostra BR de Cinema, um reflexo da boa fase da produção cinematográfica nacional. Tal é a opinião do diretor do festival Leon Cakoff. Cama de Gato, de Alexandre Stockler, Durval Discos, de Ana Muylaert e Madame Satã, de Karim Ainouz, são os brasileiros na área de ficção e na de documentário, Ônibus 174, de José Padilha, também pode ganhar o prêmio, dadoa cineastas estreantes ou até sua terceira direção. A escolha prévia foi feita por votação popular. Além dos brasileiros, os candidatos são: Carta da América, filme búlgaro-holandês-húngaro de Iglika Triffonova, Domingo, anglo-irlandês de Charles McDougall, Elling, norueguês de Peter Naess, Eugênio, eu te amo, italiano de Francisco José Fernandez, Exílio no Iraque, iraniano de Bahman Ghobadi, Piedras, espanhol de Ramón Salazár, Samsara, indiano-alemão de Pan Nalin, todos com histórias de ficção; os outros documentários finalistas são Balseros, de Carlos Bosch e Joseph M.Domenech (Espanha), Palhaço em Cabul, de Enzo Balestrieri e Stefano Moser (Itália) e Tudo Sobre meu pai, de Even Benestad (Noruega). Os jurados deste ano, que se reuniram pela primeira vez num almoço no sábado: Radu Milaileanu, um franco-romeno que com Trem da Vida (1995) ganhou a 22ª Mostra ; o grego Robert Manthoulis, diretor de A História de Lilly; o italiano Silvio Soldini, de Pão e Tulipas, o brasileiro Ugo Giorgetti, de Boleiros e O Príncipe; a indiana Nelofer Pazira, estrela de O Caminho de Kandahar.; o americano Peter Scarlet, diretor da Cinemateca Francesa, mais o cantor e compositor greco-egípcio Georges Moustaki . Eles passam a ver os filmes em sessões especiais ou públicas, para premiar o filme que sintetize o objetivo da Mostra , de ser um festival do olhar alternativo, ou seja, revelar o que os outros deixaram passar, aquilo pelo qual o público se atira no escuro do cinema.