
O restaurante do Palácio do Planalto, o 'bandejão', frequentado por ministros, políticos e servidores, segue aberto em Brasília, mas o funcionamento do buffet no quilo mudou por conta do coronavírus. Agora, é estilo take away, pegue e leve. Não há mais o self-service e o cliente é atendido por funcionários de máscaras. A comida sai em uma marmita de isopor. E o acesso é controlado para garantir distanciamento. Esta semana, Walter Braga Netto chegou lá acompanhado de cinco pessoas da sua equipe.
Sem máscara, o ministro-chefe da Casa Civil foi para a fila do bandejão logo após lançar o Plano Pró-Brasil, de ampliação de investimentos públicos para impulsionar a economia pós-pandemia. Segundo contou um observador à coluna, ele ficou animado com o cardápio do dia: lasanha, costelinha ao barbecue e o arroz e feijão de sempre.
Braga Netto - hoje principal articulador político do governo -, não foi abordado. Pegou seu isopor, talheres de plástico e saiu. O local em nada lembra a aglomeração habitual antes da covid-19. Bolsonaro esteve lá há um ano, com Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Bento Albuquerque, das Minas e Energia. Comeu churrasco e salada. E posou para selfies.
Eram assíduos no bandejão os ex-ministros Santos Cruz e Floriano Peixoto Neto. Sergio Moro almoçou lá há três meses. Mas o primeiro escalão de Bolsonaro não tem frequentado o local - nem o presidente, que quando esteve lá prometeu ir uma vez por mês. Lula, Dilma e Temer nunca foram. No governo Temer, Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI, de tão assíduo, tinha até mesa reservada e nome numa plaquinha. \CECÍLIA RAMOS