O livro A Guerra foi lançado ontem à noite, no Sesc Pompéia, com a presença do governador Geraldo Alckmin, da prefeita Marta Suplicy e do ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Pelo menos 1.600 pessoas estiveram no lançamento, visitando a exposição de cerca de 500 fotos da 1.ª Guerra. A exposição pode ser vista até 8 de dezembro. Nas bancas desde segunda-feira, o livro traz boletins semanais escritos por Julio Mesquita, então diretor do Estado, durante a 1.ª Grande Guerra Mundial (1914-18). O material foi compilado por iniciativa de um de seus bisnetos, Ruy Mesquita Filho. Foi editado com cerca de 500 imagens da época, em quatro volumes impressos e em CD-Rom. Também ganhou uma versão para a internet, que pode ser conferida a partir de hoje no portal do Estadão. Por meio de informações históricas e comentários encontrados nos textos, o leitor tem uma visão completa e profunda do que foi a 1.ª Guerra, desde 4 de agosto, quando o Exército alemão invadiu a Bélgica e a França, deflagrando o conflito. Tesouro - O diretor responsável do Estado, Ruy Mesquita, disse que a publicação do livro é importante "para mostrar como o jornal esteve sempre no centro da História do período em que ele viveu". Para Alckmin, Julio Mesquita foi inovador. "O jornal O Estado de S. Paulo tem tradição, tem credibilidade para esse trabalho", disse o governador. Segundo Marta, a obra é uma "recuperação importante" de acontecimentos históricos. "Trata-se de uma aula de história e, ao mesmo tempo, de filosofia, porque, além de descrição do fato em si, o livro traz comentários do autor", disse Ruy Mesquita Filho, em entrevista ao Jornal da Noite, da TV Bandeirantes. "Ele escrevia o que pensava, por isso você consegue penetrar no seu íntimo e entender por que ele estava tão horrorizado com tudo aquilo."