Dona de cinco álbuns, a cantora Tiê está no oitavo mês de gestação de sua terceira menina. Suas músicas, como o sucesso “Noite”, que se tornou trilha sonora de novela da Globo, nascem de suas próprias experiências como o amor, a solidão e a espera. Agora, com a maternidade se destacando em sua vida aos 43 anos, a artista direciona sua curiosidade de forma mais madura para esse tema.
Tiê está criando um álbum de canções de ninar, destinado às mães que amamentam e colocam seus bebês para dormir. “As músicas possuem frequências, hertz e batidas que ajudam a ativar momentos de meditação e relaxamento”, ela antecipa. “São músicas que trazem doçura para as mães quando elas estão cansadas. Nem sempre a maternidade é um mar de rosas. É um projeto para cuidar das mães que estão cuidando de seus bebês”, acrescenta.
Além disso, ela escreve um livro sobre as mulheres marcantes em sua vida. Começa por sua avó Vida Alves, que deu o primeiro beijo na televisão, passa pela história de sua madrinha Helle Alves, a primeira jornalista brasileira a encontrar o corpo de Che Guevara junto com um fotógrafo brasileiro, até chegar à figura de sua mãe, uma artista plástica, que a criou sem poder contar com a ajuda do pai. O livro, intitulado “Todas elas que habitam em mim”, também abordará um assunto traumático: um abuso que sofreu de um parente aos 11 anos e como isso mudou sua vida. O livro e o álbum devem ser lançados em 2024.
“‘Todas elas que habitam em mim’ refere-se não apenas às mulheres da minha árvore genealógica, mas também à forma como as pessoas podem entrar na vida umas das outras e ter uma troca emocional muito intensa”, afirma Tiê. Para ela, “ser mulher é viver e lutar.”
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