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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Três Mulheres Altas, peça que fala de envelhecimento e Alzheimer, reestreia em São Paulo

A peça escrita por Edward Albee tem Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill no elenco

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Foto do author Gilberto Amendola

A peça Três Mulheres Altas, escrita por Edward Albee (1928-2016) no início da década de 90, retorna a São Paulo a partir de 7 de março agora no Teatro Bravos, e contará com intérprete de libras em todas as apresentações.

Dirigida por Fernando Philbert, a nova versão da peça traz no elenco Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill, tem tradução de Gustavo Pinheiro e produção da WB Produções, de Bruna Dornellas e Wesley Telles.

Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill Foto: Pino Gomes

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Em cena, as atrizes interpretam três mulheres, batizadas pelo autor apenas pelas letras A, B e C. A mais velha (Suely Franco), que já passou dos 90, está doente e embaralha memórias e acontecimentos, enquanto repassa a sua vida para a personagem B (Deborah Evelyn), apresentada como uma espécie de cuidadora ou dama de companhia. A mais jovem, C (Nathalia Dill), é uma advogada responsável por administrar os bens e recursos da idosa, que não consegue mais lidar com as questões financeiras e burocráticas.

Entre os muitos embates travados pelas três, a grande protagonista do espetáculo é a passagem do tempo e também a forma com que lidamos com o envelhecimento.

A peça tem características autobiográficas e foi escrita pouquíssimo tempo depois da morte da mãe adotiva do autor, que teria inspirado a personagem mais velha. Após abandoná-la aos 18 anos, Albee voltou a ter contato com a mãe em seus últimos dias, quando já estava doente de Alzheimer. No entanto, alguns especialistas em sua obra defendem que a peça não pode ser reduzida a este fato.

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