Mechas do cabelo do faraó Ramsés II, que reinou entre 1279 e 1213 a.C., voltaram ao Egito após permanecerem 31 anos na França, onde foram colocados à venda na internet, informou nesta terça, 3, a imprensa egípcia. Após o escândalo causado com a divulgação deste projeto de venda pela internet, uma missão de arqueólogos egípcios viajou à França e voltou na segunda-feira ao Cairo com as mechas do cabelo do faraó. As mechas retornaram ao Egito depois que as autoridades francesas as entregaram à Embaixada egípcia na França, após a detenção de um carteiro de 50 anos, identificado como Jean-Michel Diebolt, que tentou vendê-las pela internet em novembro do ano passado. Diebolt tinha anunciado no site Vivastreet.fr "mechas do cabelo da múmia de Ramsés II" no valor de ? 2 mil (R$ 6 mil) e, para demonstrar sua autenticidade, publicava fotografias e certificados. O carteiro teve acesso ao cabelo de Ramsés II através de seu pai, que fez parte do grupo que manipulou a múmia do faraó em 1976, quando foi levada do museu do Cairo à França para que os cientistas estudassem as causas de um estranho mal que a deteriorava. Quando a múmia foi retirada do sarcófago, alguns fragmentos do sudário e mechas do cabelo se desprenderam, sendo recolhidos e levados a vários laboratórios franceses para serem analisados. Alguns foram enviados ao Comissariado da Energia Atômica de Grenoble, onde o pai de Diebolt trabalhava.