Na lista dos homens mais ricos do mundo em 2009, ele figurava na 58.ª posição, com uma fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão - nada mal se se considerar que, no ano anterior, ocupava o 101.º posto. Algumas pistas explicam esse invejável enriquecimento. Nos anos 1990, ele se desfez de uma adega com 18 mil garrafas de vinho em um leilão que lhe rendeu cerca de US$ 5 milhões. Mas é como compositor das mais famosas melodias dos musicais da Broadway que o britânico Andrew Lloyd Webber se torna diariamente afortunado. Afinal, não há uma semana do ano em que ao menos um de seus musicais não esteja em cartaz em algum ponto do planeta."Seja em uma grande produção ou em uma pequena, amadora ou profissional, sempre há uma canção minha sendo representada", disse ele ao Estado, em entrevista por e-mail. Aos 62 anos, completados na segunda-feira, Sir Lloyd Webber (sim, ele é cavaleiro da Rainha Elizabeth desde 1992) é como um Midas dos musicais - e como uma fábrica de sucessos. Jesus Cristo Superstar (1970), por exemplo, deixou muitos de cabelos em pé com sua irreverência sobre valores ancestrais; Cats, que estreou mundialmente em 1981 e está em cartaz em São Paulo, não só fixou regras que se tornaram obrigatórias para seus sucessores como lançou Memory, canção que se tornou um marco; e O Fantasma da Ópera (1986) é simplesmente o musical mais rentável da história, já encenado em 149 cidades de 86 países.Mesmo assim, Lloyd Webber não sossega. No início do mês, ele acompanhou em Londres a realização de um sonho que perdurava fazia 20 anos: a estreia de Love Never Dies (O Amor Nunca Morre), a esperada continuação do Fantasma. Na verdade, era uma obsessão do compositor que demorou até descobrir o viés certeiro, ou seja, transferir a cena para Nova York. A crítica, como de hábito, detestou, mas os ingressos começaram a se esgotar. Uma prova de que eu toque continua infalível.