A cidade de New Orleans abriu ontem seu Festival de Jazz, que vai até 4 de maio. O cálculo dos organizadores é de que meio milhão de pessoas passarão pela cidade para assistir a shows de gente como Bob Dylan, LL Cool J e Fats Domino. O evento tem ainda uma intensa programação musical que não se restringe ao jazz e nem aos shows agendados pelos organizadores. O festival de New Orleans recebe a colaboração da comunidade local, que organiza pequenos shows independentes em clubes e bares, o que ajuda a aumentar a oferta musical. "Se a pessoa tem energia para ir à programação do Festival de Jazz e seguir assistindo outras apresentações, pode-se dizer que a música não pára", disse Lee Frank, diretor de um clube em New Orleans. A programação sempre aberta a novidades é uma das características do evento. Mas é nos shows do festival que a capital do estado de Louisiana sente o maior agito. E, além dos nomes estelares, os moradores e visitantes poderão ver em New Orleans pelo menos um show histórico: uma reunião de ex-músicos das orquestras de Elvis Presley e Howlin? Wolf. "É uma reunião dos grandes", anuncia Scotty Moore, de 71 anos, que tocou guitarra com Elvis em músicas como Mistery Train e outras. Este ano o Festival de Jazz de New Orleans celebra os duzentos anos da negociação entre o governo dos Estados Unidos com Napoleão em 1803, pela posse de Louisiana. O imperador francês tinha a pretensão de construir um império açucareiro que se estenderia de Louisiana até a Martinica, no Caribe. Por isso, uma exposição num pavilhão central da cidade vai homenagear a cultura da Martinica.