Madonna defendeu sua intenção de adotar um menino nascido em Maláui, na África, dizendo que ela agiu "de acordo com a lei como qualquer outra pessoa que adota uma criança". A pop star declarou também que quis "abrir nossa casa e ajudar uma criança a escapar da vida de extrema dificuldade, pobreza e em muitos casos, até da morte". Nesta manhã, David Banda foi levado para a casa da cantora norte-americana em Londres. O menino de 1 ano voou de Johannesburgo com um segurança e uma assessora pessoal e Madonna, chegando no aeroporto londrino de Heathrow por volta às 6h30 locais, apesar dos protestos de muitas entidades beneficentes que alegam que o processo de adoção foi facilitado para a estrela pop. Madonna disse que ela e seu marido, o cineasta Guy Ritchie, iniciaram o processo de adoção meses atrás. "Esta não foi uma decisão nem um compromisso que eu e minha família tomamos com facilidade", afirmou Madonna. Ela acrescentou que sua família gostaria de ter agora um tempo para "experimentar a emoção de ter David em casa". Adoção gera críticas e polêmica A porta-voz da cantora, Liz Rosenberg, confirmou que ela obteve a custódia temporária da criança malauiana na semana passada. A decisão de um tribunal de Malauí dá a Madonna e a Ritchie o direito de cuidar do bebê David Banda, de 13 meses de idade, pelos próximos 18 meses. Um grupo de instituições de caridade do Malauí tem tentado impedir que Madonna adote a criança. Eles dizem que a adoção é ilegal porque a cantora não morou no país. A legislação de Maláui estabelece que, para adotar uma criança, é preciso viver no país durante um ano, enquanto os serviços sociais verificam se os candidatos a pais estão capacitados para criá-lo. Até agora, o menino viveu em um orfanato em um povoado próximo à fronteira com a Zâmbia, após a morte de sua mãe por complicações no parto. Seu pai aprovou a adoção, segundo a mídia britânica. David foi levado por uma assistente de Madonna até o aeroporto sob o assédio da imprensa e depois foi levado até a casa da estrela nas imediações de Londres, em Marble Arch, onde era aguardado pela imprensa de todo o mundo. Circo público A agente de Madonna, Liz Rosenberg, afirmou à "Associated Press" que a cantora ?fará o que puder para não transformar o caso em um circo público?. Durante os 18 meses da custódia temporária, o casal será ?avaliado pelas cortes de Malauí?, informa um comunicado de Madonna. A criança viajou de Maláui em um avião particular até a África do Sul na segunda-feira, de onde seguiu para Londres, onde chegou nesta manhã. Madonna, de 48 anos, voltou de Maláui três dias antes, sem David, porque ele não tinha passaporte. O Comitê Consultivo de Direitos Humanos, composto por 67 instituições malauianas, informou que entraria com um recurso contra o processo de adoção. A medida, no entanto, foi adiada porque o Comitê pretende ouvir um tio de David, que seria contra a adoção. De acordo com o diretor do grupo, Justin Dzodzi, um investigador contratado pelo Comitê foi enviado para o orfanato onde David morava, para ?ter uma noção do que os moradores e familiares pensam sobre a adoção?. O Comitê diz que as leis malauianas proíbem adoções internacionais. De acordo com o diretor do departamento de Bem-Estar das Crianças do governo de Malauí, Penston Kilembe, Madonna e seu marido não infringiram nenhuma lei. ?O processo não começou hoje. O pessoal da Madonna tem cuidado da papelada por algum tempo, e ela só veio para assinar os papéis e concluir o processo?, disse. A criança vivia em um orfanato de uma cidade próxima à fronteira com a Zâmbia. Sua mãe morreu de complicações decorrentes do parto. O pai do menino, Yohame Banda, concordou com a adoção. ?O que eu quero é uma vida boa para meu filho?, disse. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>