SÃO PAULO - A 10.ª Virada Cultural de São Paulo continua até as 18h deste domingo, 18, com extensa programação. Como já virou costume, as manhãs e tardes de domingo têm um cenário diferenciado. Em contraste com as multidões que tomam as ruas das 18h de sábado até por volta das 5h de domingo, o nascer do sol atrai um público renovado e mais tranquilo, que sai de casa cedo.
O palco principal, armado perto da Estação Julio Prestes, terá, às 6h, show do Teatro Mágico. O fenômeno de internet, que lota casas como o Credicard Hall (para 5 mil lugares) só com posts nas redes sociais, vai poder testar a força de seu carisma.
Na sequência, Pepeu Gomes aumenta o volume no mesmo palco, seguido por shows do grupo de rap RZO, que se reencontra depois de um período de inatividade, e Luiz Melodia, de formato mais acústico, a partir das 15h. O palco principal ainda responderá pelo encerramento, com uma das poucas atrações internacionais da Virada. A cantora de soul da era Motown Martha Reeves, que se apresenta com o grupo The Vandellas.
O rap vai acordar também o palco República. É por lá que se apresenta, a partir das 8 horas, a dupla Dexter e MV Bill. É um encontro poderoso, com o melhor rapper de São Paulo do momento, Dexter, e uma das vozes mais coerentes do Rio, o carismático MV Bill. Dexter participa ainda do Projeto Nave, que permanece no mesmo palco, a partir das 10 horas. É um coletivo de MCs, com Marechal, KL Jay (Racionais), Síntese e Ogi, além de Dexter.
Evinha. A pujança dos graves deixará o palco para a calmaria de Evinha, de 62 anos, e seu Trio Esperança. Foi como integrante do trio que, em 1968, Evinha ganhou o 4.º Festival Internacional da Canção com Cantiga por Luciana. Tornou-se um hit e fez a carreira de Eva ganhar vida própria, fora do Trio Esperança.
O encerramento, depois de um show de Dom Paulinho no mesmo palco, é com o grande destaque do dia: a Spok Frevo Orquestra traz à República a categoria da mais autêntica manifestação de MPB saída de Pernambuco nos últimos 10 anos. Sob comando do saxofonista Spok, essa big band de frevo instrumental, com concertos marcados para o Lincoln Center a pedidos de Wynton Marsalis, faz uma rara aparição em São Paulo, agora com o disco novo, Ninho de Vespa. Se Spok não cair na tentação de querer trazer o clima de passistas do Marco Zero e aproveitar para tocar o frevo-jazz que tem feito pelas casas de show do mundo, será uma revelação para muitos.
Já o palco do Largo do Arouche segue em sua festa de baile popular. Às 9h, tem Marcio Greyck; às 11h30, Falcão; e às 13h30, o show Broa na Garoa, com Felipe Cordeiro, Lia Sofia e Lue convidando Manuel Cordeiro, Dona Onete e Fafá de Belém. Mais populares, Valesca Popozuda faz show às 16h e Roberta Miranda encerra, na sequência, às 18h.
Samba. Dois espaços fazem homenagens ao samba. O Palco Luz tem, a partir das 9h, Almir Guineto. Vem depois a instituição mangueirense Nelson Sargento, com sambas como Agoniza Mas Não Morre, Deixa e Mar de Lágrimas, e a nova guarda Teresa Cristina. O samba de São Paulo volta ao palco com Eliana de Lima, às 15h, e com o trio Amigos do Pagode 90, com Chrigor Lisboa (ex-Exaltasamba), Salgadinho (ex-Katinguelê) e Marcio Art (que foi do Art Popular).
As famílias com crianças pequenas têm uma oferta maior nesta Virada. Desde o sábado, 17, podem aproveitar a Viradinha Cultural, levada nesta edição para a Praça Roosevelt. A Praça da Sé abriga o palco da comédia stand-up.
No palco Barão de Limeira o reggae comparece desde a manhã, com Filosofia Reggae (8h), Jah I Ras (10h), Tribo de Jah (12h), Mato Seco (14h), Al Griffiths (16h) e Planta e Raiz (18h). O Teatro Municipal fecha a programação a partir das 14h, com Thaíde e DJ Hum.