Nesta quinta-feira os músicos Guinga, Jards Macalé, Moacyr Luz e Zé Renato apresentam o show Dobrando a Carioca, de graça, às 19h no Espaço do BNDES, no Rio. Comemorando um ano de sucesso, o quarteto já rodou algumas capitais, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Vitória e Curitiba, além de outras cidades brasileiras. Voz e violão são as bases do repertório de samba e MPB, composições deles próprios e clássicos de Noel Rosa, Pixinguinha, Zé Kéti, Ari Barroso, Lamartine Babo e outros brasileiros de mesmo quilate. Como se não bastasse, os quatro ensaiam atuações na percussão, com Guinga se aventurando no tamborim, Zé Renato levando o pandeiro e a já famosa imitação de trombone que Macalé faz com a boca. Eles voltam a se apresentar em São Paulo em janeiro com os convidados especiais Elton Medeiros, Nei Lopes, Paulo Moura e Luiz Melodia. O show do quarteto surgiu quando Moacyr Luz foi convidado para uma temporada de uma semana, em novembro de 99, no Teatro João Caetano, Centro do Rio. O músico achou que um espaço tão grande merecia uma apresentação maior e ,como prefere estar bem acompanhado, convidou Zé Renato, Guinga e Macalé para dividir o palco com ele. São todos amigos há mais de vinte anos. "Menos eu e o Macalé que não nos conhecíamos pessoalmente", conta Guinga. "Sou amigo do Moacyr há muito tempo e o Zé Renato é muito amigo do Macalé". Em uma das "reuniões" do grupo, no Bar Luiz, reduto boêmio da Rua da Carioca, nasceu o nome do espetáculo. Era só dobrar a esquina da rua e já estariam em frente ao Teatro João Caetano, onde se apresentaram pela primeira vez. Por isso, Dobrando a Carioca. A idéia inicial era a de cada um executar suas canções e dividir alguns números com os parceiros de palco. Mas a intimidade e a qualidade do repertório fizeram com que todos quisessem se "meter" em tudo. "A coisa foi crescendo pelo grande prazer que temos em estarmos juntos", explica Guinga. O quarteto, ao que indica, ainda terá vida longa. "A gente se surpreendeu quando foi fazer as contas: foram 50 apresentações em um ano", conta animado Moacyr Luz. O espetáculo começa com o choro Um a Zero, de Pixinguinha. De Macalé, Vapor Barato e Anjo Exterminador, parcerias com Wally Salomão, são os destaques. Guinga traz algumas das suas mais famosas: Você, Você, parceria com Chico Buarque, e Catavento e Girassol, mas faz questão de chamar atenção para o clássico "belíssimo" do repertório de Zé Kéti, Nêga Dina. De Moacyr Luz, Anjo da Velha Guarda merece destaque. "Não mexemos no repertório porque isso exigiria muito mais tempo de ensaio", explica Guinga. São ao todo 21 canções e muita história para contar e cantar. Moacyr Luz acha que o sucesso do show mostra que ainda há espaço para o estilo "antigo de voz e violão", espaço para quem "só faz música". Os quatro não saem do palco durante a apresentação. Cantam e tocam violão todo o tempo. Eles adiantam que o quarteto volta a São Paulo, dia 31 de janeiro, para uma continuação do espetáculo Esquina Carioca, agora Dobrando a Esquina Carioca, na Tom Brasil. Elton Medeiros, Nei Lopes, Paulo Moura e Luiz Melodia serão os convidados de cada um dos parceiros do quarteto. Dobrando a Carioca - com Guinga, Jards Macalé, Zé Renato e Moacyr Luz - Dia 23 de novembro, às 19h no Auditório do Espaço BNDES - Av. Chile, 100, Centro. Tel. 277-7757. Entrada Franca. Senhas distribuídas a partir de 18h30 no local.
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