Shows beneficentes nos EUA arrecadam US$ 150 mi

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Por Agencia Estado
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O fim de semana dos eventos beneficentes nos Estados Unidos virou uma celebração de patriotismo misturada com sessão de terapia pós-atentado. Cerca de 6 mil bombeiros, policiais e familiares de vítimas da queda do World Trade Center foram homenageados na noite de sábado no Concert for New York City, no Madison Square Garden, enquanto 46 mil pessoas acompanharam em Washington, no domingo, o United We Stand: What More Can I Give. Com uma versão country acontecendo em Nashville, os eventos superaram a atenção conseguida com o Live Aid, nos anos 80. E ainda conseguiram arrecadar cerca de US$ 150 milhões, entre ingressos e doações. O evento de Nova York foi uma catarse para as pessoas envolvidas diretamente na tragédia. Organizado por Paul McCartney (que decidiu homenagear os bombeiros em memória a seu pai, que fazia parte de uma compahia de bombeiros de Liverpool), o evento foi programado para transformar os convidados nas verdadeiras estrelas. Assim, as câmeras de TV passaram as cinco horas do evento mostrando closes do público e das fotos dos desaparecidos, que foram levadas por parentes e amigos convidados (o resto dos ingressos do Madison Square Garden foram vendidos para o público). O show começou com David Bowie fazendo uma introdução intimista, sentado no chão e tocando um órgão de brinquedo, seguindo com uma ótima versão de Heroes, seu hit dos anos 70. Seguiram-se performances de Billy Joel, Mick Jagger, Destiny´s Child, Elton John e Janet Jackson, entre outros. Nos longos intervalos entre cada atração, celebridades como Meg Ryan, Harrison Ford, Billy Crystal e Jim Carrey faziam discursos em homenagem à coragem dos policiais e bombeiros - um evento duro de acompanhar do começo ao fim. No domingo, em Washington, o evento teve por protagonista Michael Jackson. Os Backstreet Boys entoaram o hino nacional e estrelas de calibre variado desencavaram músicas "apropriadas" para o clima de patriotismo que tomou conta do país. James Brown apresentou Livin´ in America. Mariah Carey requentou seu hit Hero. Na falta de um repertório exatamente temático, Rod Stewart apenas dedicou Rhythm of My Hearts para os "aliados" e Al Green arriscou Let´s Stay Together. P.Diddy, o artista antigamente conhecido como Puff Daddy, deu uma de DJ e emendou trechos de Born in the U.S.A., de Bruce Springsteen, e We Will Rock You. Para encerrar o evento, Michael Jackson apresentou sua What More Can I Give, que ele escreveu na tentativa de chamar a mesma atenção que We Are the World, de 1985. Mas a canção teve uma interpretação sofrível, com boa parte das estrelas dominando a letra apenas nos refrões.

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