Novas tops na passarela da SPFW

Mariana Marcki, de 18 anos, é a aposta da Elite Models na passarela da moda verão 2005, na São Paulo Fashion Week que começa esta semana

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Por Agencia Estado
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Ela caçava jacarés com o pai, no interior de Mato Grosso, e sonhava ser policial militar. "Queria uma vida sem rotina, sem saber o que vai acontecer amanhã", diz Daniela Friedrich, de 16 anos. Conseguiu. Descoberta por um olheiro que passava numa cidade vizinha, virou modelo e é uma das maiores apostas da Ford Models para esta edição da São Paulo Fashion Week. O maior evento de moda da América Latina começa nesta quarta-feira com os desfiles da edição de verão. São 47 grifes brasileiras e 1 européia, com investimentos que passam dos R$ 5 milhões e novas tops na passarela. Daniela está há menos de seis meses na profissão e já esteve em Nova York, Milão e Paris. Antes disso, mal tinha andado em escadas rolantes. A cidade onde mora a família - chamada Vera, em homenagem a uma das amantes do primeiro proprietário da terra - tem ruas cobertas de barro e fica "bem longe de Cuiabá". Daniela vai falando e intercalando as palavras pela expressão ´tipo´. Ela afirma que a viagem e os trabalhos no exterior foram uma "lição de vida". "Agora as pessoas dizem que meu book está mais bonito, que estou bem melhor." A dona da Ford Models, Denise Céspedes, concorda com a "lição de vida". Diz que o sucesso de Daniela lá fora é um dos principais motivos para que a agência acredite que ela vai participar de muitos desfiles. Nas semanas que antecedem o evento, as meninas passam por testes e mais testes - chamados de castings -, em quase todas as grifes. Os resultados só saem praticamente na véspera e Daniela está como gosta: sem saber o que vai acontecer amanhã. Na Mega, a primeira e a segunda colocadas do último concurso de beleza da agência, Viviane Surgeck e Monique Olsen, são as atuais queridinhas. Monique tem 13 anos. "Praticamente 14", apressa-se em dizer. Nasceu em Florianópolis e também já passou três meses em Nova York, onde tinha de mentir a idade. "Sou uma cigana. Nem sei onde moro mais, mas acho essa nova vida divertida", diz a menina, que freqüentava um colégio religioso e agora espera ficar mais velha para poder "estudar por correspondência". Viviane, de 15 anos, diz que os clientes têm gostado mais agora do seu jeito de andar do que há seis meses, quando começou a desfilar. Com 1,80 metro e 56 quilos, ela come dois pacotes de macarrão instantâneo por noite e diz que não engorda. "Desde pequena eu desfilava para os meus pais em casa, mas nem pensava em ganhar dinheiro com isso." Viagem marcada para Nova York, a fluminense de Magé agora já torce para que a profissão permita que ela ajude o pai caminhoneiro e a mãe professora. Horrível - Como Viviane, a gaúcha Mariana Marcki, de 18 anos, aposta da Elite Models para esta edição, também não pensava em ser modelo. Achava "horrível", "nada a ver" com seu sonho de ser bióloga. Mesmo assim, concordou em participar do concurso da agência em 1999. "Achava que só ia dar umas bandas em Fortaleza, onde estava sendo o concurso", conta a modelo. Acabou, porém, ficando em segundo lugar na etapa nacional e entre as dez na internacional. "Aí não tive mais como escapar", explica Mariana, que já tem cinco anos de carreira, trabalhos importantes no exterior e uma opinião bem mais positiva sobre a profissão. Apontada como "uma das mais promissoras modelos da nova geração", fez, entre outras coisas, Vogue (Itália e Espanha), Elle, Marie Claire, L´Uomo Vogue e Glamour. Na quinta-feira, chegaria a São Paulo para os castings, depois de passar uns dias com a família na cidade natal, Caxias do Sul. Está aproveitando, como diz, para "recarregar as baterias" no Brasil, antes de voltar para Nova York, onde vive desde o ano passado, dividindo apartamento com outras três modelos - duas brasileiras e uma porto-riquenha - e outros ocupantes tão inusitados quanto os jacarés de Daniela: Tróia, Cobrinha e Biscate. São nada menos que três cobras de verdade: a primeira enorme e amarela, a segunda com manchas pretas, brancas e vermelhas e a última azulada. "São de estimação", explica ela, tranqüilamente.

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