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A abobrinha que animou Cannes

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Por Rodrigo Fonseca
"Ma Vie de Courgette" Foto: Estadão

Neste domingo, a surpresa de Cannes, fora da seleção oficial, veio do terreno da animação com Ma Vie de Courgette, do suíço Claude Barras, exibida na Quinzena dos Realizadores, seara de maior solidez entre os canteiros da Croisette alheios à Palma de Ouro. A produção, animada em stop-motion, narra os esforços de um órfão para aprender a ser feliz - e amar - ao lado de seus novos amigos. A agilidade no manuseio dos bonecos aliada à uma trama nas raias do melodrama gerou, na tela, de Cannes um espetáculo comovente. Espera-se o mesmo do desenho The Red Turtle, primeiro (e aguardado) longa do animador holandês Michael Dudok de Wit, ganhador do Oscar pelo sublime curta-metragem Father and Daughter, em 2001. Decepcionou - e muito - na seleta da 15ena apenas Poesia Sem Fim, do mestre chileno Alejandro Jodorowsky, falando de sua vida como adulto nos anos 1940 e 50.

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