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5G: TIM acelera instalação de internet ultraveloz pelo País de olho em público ‘gamer’

Em Belo Horizonte, uma das capitais onde o sinal já está liberado, a operadora já cobre 50% do território com a nova tecnologia; pacote vai oferecer mais velocidade a aficionados em jogos

Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

Com a chegada do 5G, a operadora TIM tem feito investimentos mais robustos na instalação de antenas, em uma disputa palmo a palmo com as rivais Vivo e Claro. Na última semana, a companhia instalou 77 antenas 5G em Belo Horizonte (50% do total do mercado). Em Porto Alegre foram 40 (38%) e em João Pessoa foram 22 (43%). “Estamos procurando cobrir as principais áreas de preferência dos clientes para melhorar a sua experiência”, afirmou o presidente da TIM, Alberto Griselli, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

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A TIM criou uma oferta especial para os clientes que quiserem navegar no padrão 5G “puro sangue” (standalone), que oferece a menor latência (tempo de resposta). Para o usuário comum, há pouca diferença. Já para certas aplicações, como jogos online, pode ser um diferencial.

Os clientes pós-pagos da TIM terão um pacote para “turbinar” os planos com mais 50 GB de internet e navegação ilimitada no Twitch, serviço de streaming de vídeo ao vivo com foco em jogos. O novo pacote estará disponível em breve nas capitais, e a adesão nos primeiros três meses após o seu lançamento garantirá gratuidade pelo período de 12 meses. Após esse período, ele custará R$ 20 mensais.

Alberto Griselli, presidente da TIM Brasil: de olho em públicos específicos Foto: Bruno Ryfer/TIM

“Hoje é grátis para o cliente experimentar e ver se gosta. Lá na frente poderemos monetizar”, disse Griselli. “Quem não ativar esse booster vai perder a vantagem da latência. Não muda praticamente nada para o usuário comum. É importante para quem usa o cloud gaming (jogos na nuvem).”

Queda na lucratividade

O executivo considerou positivo o balanço do segundo trimestre da companhia a despeito da queda de 54% do lucro na comparação anual – associada à piora das despesas com juros e aspectos de ordem contábil. “Nosso momento é extremamente positivo. Várias peças foram se encaixando nos últimos anos para chegarmos até aqui”, afirmou.

Entre as peças às quais executivo se referiu está a conclusão da aquisição da Oi Móvel (a concorrente foi fatiada entre TIM, Vivo e Claro). O negócio foi fechado em abril e passou a contribuir para os resultados em maio. A TIM ficou com a maior fatia da antiga concorrente. Com isso, a receita líquida da TIM cresceu 21,8% na comparação entre o segundo trimestre de 2022 com o mesmo intervalo de 2021. Foi a primeira vez em mais de dez anos que houve uma evolução de mais de dois dígitos no faturamento.

Mas Griselli ressaltou que a empresa foi capaz de crescer também de modo orgânico. Sem contar os ganhos com a Oi Móvel, a receita líquida da TIM subiu 12,6%, fruto de uma combinação de ganhos de clientes via portabilidade, reajustes de planos acompanhando a inflação e uma competição considerada mais “racional” – ao contrário da guerra de preços vista nos tempos em que o mercado de telefonia móvel ainda contava com a Oi e a Nextel.

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O maior vilão do balanço foi o salto nas despesas financeiras, em meio ao cenário de inflação e juros em alta. Griselli disse que a administração está “tranquila” com o aumento da dívida, pois o movimento foi planejado para sustentar a compra da Oi Móvel e das licenças do 5G. O custo médio da dívida está em 13,3% ao ano, um nível considerado relativamente baixo perto de uma Selic de 13,25%.

O presidente da TIM reiterou a perspectiva de concluir a migração dos clientes da Oi Móvel em um prazo de 12 meses, ou seja, até o começo de 2023. Neste momento, esses clientes estão usando as redes da TIM por roaming. A partir de setembro, ocorrerá a migração completa, com relacionamento direto com a TIM, incluindo envio de boletos, oferta de serviços, atendimento e afins.

Segundo Griselli, muitos clientes estão tomando a iniciativa de se antecipar a esse processo e fazer a portabilidade por conta própria, e a companhia tem ganhado participação no bolo do mercado. “Na medição de maio, nosso share de portabilidade estava por volta de 30%. Antes era de 26%. Estamos vendo uma aceleração dos clientes na nossa direção.”

Corte no ICMS

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A TIM fará o repasse do corte do ICMS para a base de usuários a partir da segunda quinzena de agosto. Conforme a legislação aprovada, foi definido limite de 17% na alíquota do ICMS para o setor de telecomunicações, que gira hoje na faixa de 20% a 30% dependendo do Estado.

“É um tema que demanda um certo trabalho do nosso lado, com atualização de planos e publicidade. Nossa oferta é nacional. Ela absorve as diferenças entre Estados. O desconto médio vai ser democrático, nacional, e de fato vai repassar a redução no ICMS”, prometeu Griselli. Essa redução vai ser de aproximadamente 10% nos planos pós-pagos, sinalizou.

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