Há 19 meses o Departamento de Justiça abriu processo contra as empresas de cartões MasterCard e Visa, acusando-as de violar leis antitruste - normas que mantêm a concorrência entre empresas. As empresas se defendem dizendo que os consumidores têm o número de opções de que precisam no segmento. O governo norte-americano discorda. A Amercian Express queixa-se que a Visa e a MasterCard, associações cujos bancos membros representam cerca de 75% do volume de compras, impõem normas que proíbem que os bancos que emitem cartões com essas bandeiras ofereçam também o cartão American Express. De acordo com a administradora, esse modo de operar prejudicou os consumidores. Além disso, limitou a capacidade dos bancos de conduzir seus negócios e inibiu a inovação. Defesa A Visa iniciou um esforço vigoroso para impor o seu ponto de vista. A administradora afirma que a American Express, depois de ter cometido erros grosseiros no mercado, convenceu o governo a ajudá-la a reconquistar sua margem de vantagem. O principal advogado da MasterCard, Noah J. Hanft, responde que se a empresa que fornece o American Express conseguir o que quer, nem os concorrentes nem os consumidores ganharão. De acordo com o advogado, o sistema será prejudicado, pois já existe uma aceitação quase universal dos cartões e a garantia de pagamento aos comerciantes. Essa realidade, segundo Hanft, trouxe um crescimento espetacular à popularidade dos cartões de crédito. Nas últimas semanas, o debate sobre essa questão intensificou-se, em vista da proximidade do julgamento dos casos. Marcado para começar no dia 7 de junho, em Nova Iorque, o processo deverá demorar até quatro meses, e provavelmente será seguido de recursos cuja solução levará anos.