O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje, em Paris, que espera concluir nos próximos meses a modelagem da Parceria Público-Privada (PPP) para assegurar as obras de expansão do metrô em Belo Horizonte. O projeto deverá contar também com recursos da União, Estado e prefeitura. O empenho de Aécio, conforme ressaltado por ele hoje, é concluir o empreendimento antes da Copa de 2014, que será realizada no Brasil. "Esperamos que nos próximos meses esteja pronta a modelagem dessa PPP e até julho do ano que vem ela possa estar licitada. O que esperamos é que, antes de 2014, antes da Copa do Mundo, tenhamos a extensão das linhas do metrô." O projeto prevê a ampliação do número de passageiros transportados, dos atuais 150 mil por dia para 800 mil por dia. "(Este aumento) viabilizaria o metrô e a participação privada nesses investimentos", disse. Hoje, na capital francesa, Aécio reuniu-se com empresários franceses e brasileiros na sede do Movimento das Empresas Francesas (Medef), maior entidade patronal daquele país, onde apresentou o projeto de PPP para o metrô. A proposta, de acordo com o governador de Minas Gerais, é realizar duas etapas de investimentos. Os aportes seriam divididos entre a iniciativa privada, União, Estado e prefeitura. Ele também afirmou que a administração caberia ao setor privado, mas o preço das tarifas e as correções definidos pelo setor público. O volume de recursos totais previstos para o empreendimento são R$ 4 bilhões para que o metrô consiga atingir uma capacidade de transporte de 1 milhão de passageiros. A idéia é que o governo federal participe com 45% do investimento; o setor privado, com outros 35%; e o governo do Estado e a prefeitura, com 20%. "A administração seria do setor privado, mas a partir de tarifa e de correções estabelecidas já no contrato pelo setor público", explicou o governador. A viabilização do projeto também é uma das principais promessas de campanha do prefeito eleito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB), que nesta semana se reuniu com a bancada mineira na Câmara dos Deputados para discutir a apresentação de uma emenda conjunta para garantir recursos para a obra já no Orçamento da União em 2009.
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