Airbus estreia avião militar; Boeing planeja 1º voo do 787

Projeto da fabricante europeia vem com mais de três anos de atraso e custou 20 bilhões de euros

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O atrasado projeto do avião militar A400M da Airbus fez seu voo de estreia nesta sexta-feira, marcando um divisor de águas para o programa, que chegou a ser colocado em dúvida. Enquanto isso, a concorrente Boeing afirmou que, após mais de dois anos de atraso, planeja realizar o primeiro voo do 787 Dreamliner na próxima terça-feira.

 

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O programa do avião militar da Airbus, de 20 bilhões de euros (US$ 29,5 bilhões), foi colocado em dúvida por causa de problemas técnicos no desenvolvimento da aeronave que atrasaram o projeto em mais de três anos, gerando grandes multas e outros custos. O valor final do programa poderá ficar 25% acima da estimativa inicial e a controladora da Airbus, a European Aeronautic Defence & Space (EADS) está tentando convencer os compradores a assumir parte do aumento do custo.

 

O diretor operacional da Airbus, Fabrice Bregier, afirmou que os clientes da companhia têm de aceitar um "significativo" aumento no custo unitário do avião. "Ele não será de apenas 3%", disse. O voo de hoje dá início a um período de voos de teste de três anos e a primeira entrega deverá ser feita à força aérea da França em 2013. Apenas quatro aviões serão entregues em 2013 e a produção vai aumentar gradualmente para a taxa de 30 unidades por ano.

 

O primeiro voo do 787 Dreamliner, da Boeing, que pode acontecer já na terça-feira, também vai dar início a um programa de voos de teste que poderá durar até um ano. Segundo a companhia, o momento exato do tão esperado primeiro voo depende de fatores externos, como o clima. A Boeing vai usar seis aviões nos testes, que serão realizados em todo o mundo para que o jato tenha contato com vários tipos de condições climáticas e cenários operacionais.

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O 787 precisa ser certificado pela Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA antes de os 865 aviões encomendados começarem a ser entregues. A Boeing tem apresentado o novo jato como de alta tecnologia, feito com 50% de materiais compostos, e muito eficiente, que vai poupar às empresas aéreas milhões de dólares em combustíveis e custos de manutenção em comparação com os modelos da aviões que operam hoje. As informações são da Dow Jones.

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