O Aroldo Souza Durães me levou almoçar no Brás. Tudo bem, todo mundo pode almoçar no Brás e comer muito bem. É sempre bom não esquecer que o Castelões, o pai das pizzas em São Paulo, fica no Brás.
Mas minha história é outra. O Aroldo me levou almoçar no restaurante do MIMI. Não é um restaurante aberto ao público, exceto se o público for amigo do MIMI, mas é um restaurante que impressiona pela fartura e pela qualidade da comida, ou comidas, no plural. Lá é tudo superlativo.
Tinha salada, macarrão, arroz integral, picanha assada, filé mignon, frango, salmão, rabada, escondidinho de dois e uma carne seca de deixar os anjos com água na boca.
Matei minha vontade, comendo a carne seca misturada com arroz e banana da terra para ajudar a descer. Depois, um pouco de filé e, de sobremesa, escolhi, entre as várias à nossa disposição, doce de leite e um pouco de mousse de abacate.
O restaurante do MIMI é o refeitório do Lojão do Brás, uma loja impressionante, com mais de 4 mil metros quadrados de mercadorias, basicamente roupas e roupas de cama e banho.
Se alguém está pessimista com o Brasil vá até o Brás, mais exatamente no Largo da Concórdia, e entre na loja do MIMI. O Lojão do Brás, como o nome diz, é um lojão para ninguém colocar defeito.
Impecavelmente arrumado, bem montado, num prédio imponente, com mais de cem anos de idade, mas reformado, deixando o madeirame original do telhado aparente, brilhando de limpo e, o mais importante, cheio de gente comprando, ver o Lojão do Brás faz bem para alma de quem anda meio desanimado com os rumos da nossa terra.
Do outro lado do Largo da Concórdia fica a Feirinha da Concórdia. É outra realidade que também merece ser vista. Este é o Brasil que dá certo.