A Aracruz, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, divulgou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de R$ 291,9 milhões no quarto trimestre, aumento de 65% em relação ao mesmo período de 2005. O resultado foi beneficiado pelo alto preço da celulose no mercado internacional e por volume recorde de vendas registrado pela empresa de outubro a dezembro, com 806 mil toneladas, crescimento de 4% sobre igual trimestre do ano anterior. "Apesar da leve desaceleração da economia global no quarto trimestre, o ambiente se manteve positivo para a indústria de celulose e papel", informou a Aracruz no demonstrativo de resultado. No acumulado de 2006, a empresa teve lucro líquido R$ 1,15 bilhão, ligeiramente inferior ao resultado recorde registrado em 2005, de R$ 1,17 bilhão. O resultado financeiro das operações de hedge (contratos de dólar futuro) contribuiu com cerca de R$ 193 milhões para o lucro da Aracruz no ano passado. Resultado operacional A receita líquida da Aracruz totalizou R$ 984,5 milhões no quarto trimestre e R$ 3,66 bilhões nos 12 meses de 2006, avanços de 9% e de 12% na comparação anual, respectivamente. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 468,7 milhões no quarto trimestre e de R$ 1,75 bilhão no ano, incluindo a participação na Veracel, joint venture na qual a Aracruz detém 50% de participação. A produção de celulose em 2006 ficou em 3,1 milhões de toneladas, novo recorde. O desempenho foi possível graças a ganhos de produtividade nas unidades Barra do Riacho (Espírito Santo) e Guaíba (Rio Grande do Sul) e do primeiro ano completo em que a companhia se beneficiou da Veracel (Bahia). A Veracel produziu um volume 8% acima da sua capacidade nominal, totalizando 975 mil toneladas em 2006 - 50% pertencentes à Aracruz. A unidade apresentou o menor custo caixa de produção do mundo, segundo o vice-presidente financeiro da Aracruz, Isac Zagury.
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