BUENOS AIRES - O Ministério da Economia da Argentina anunciou neste domingo, 14, um conjunto de medidas para conter a inflação no país, reativar os negócios e frear a dolarização das transações locais. O índice de preços ao consumidor local cresceu 8,4% em abril, na comparação com março, com alta anual de 108,8%.
Entre as decisões estão a subida das taxas de juros, a maior liberdade para o Banco Central controlar a moeda estrangeira, e a aceleração de acordos com o Fundo Monetário internacional (FMI). Outras iniciativas devem ser anunciadas ao longo da semana.
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O Ministério da Economia informou que o Banco Central aumentará “a intervenção no mercado de câmbio e administrará o ritmo do rastreamento” da desvalorização progressiva do peso argentino. A pasta também anunciou a aceleração dos acordos com o FMI, os swaps da China (o ministro da Economia, Sergio Massa, viajará a Pequim no dia 29 de maio) e a tratativa de garantias com o bloco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para importações e câmbio com o Brasil.
Haverá incentivos para sustentar o nível de consumo interno através da promoção do consumo de produtos de origem nacional, como a diminuição das taxas de juro dos cartões de crédito ou o aumento das restituições a setores considerados vulneráveis.
Também haverá medidas para sustentar o nível de atividade econômica do país, como desoneração fiscal para pequenas e médias empresas, eliminação de tarifas e geração de regulamentos de dumping e proteção para melhorar a competitividade, além de reduzir os preços das importações de determinados produtos.
A aprovação para importação de bens de capital será acelerada e uma nova Unidade de Análise de Operações Comerciais será criada para coordenar com outras agências nacionais e responder de forma mais rápida a aumentos e variações de preços, agilizar o comércio exterior, entre outras medidas. / AP