No cenário de mercado, a projeção do Banco Central para a inflação ao final deste ano recuou ante a anterior e ficou em 6,3%. Ou seja, em ambos os cenários, de mercado e o de referência, a projeção fica apenas 0,2 ponto porcentual abaixo do teto da meta de 6,5%.
Pelos dados do Relatório Trimestral de Inflação, no cenário de referência, as chances de o IPCA ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta recuou de 46% para 37%. Para 2015, essa probabilidade passou de 30% para 31%. No cenário de mercado, a probabilidade de a inflação estourar o teto da meta em 2014 subiu de 48% para 37%. Para 2015, também apresentou avanço, de 38% para 39%.
Investimento. Apesar da promessa da presidente Dilma Rousseff de acelerar o crescimento no País durante o seu governo, os investimentos no País devem fechar o ano com uma queda de 6,5% em 2014. A projeção da chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos, recuou de -2,4% para -6,5%.
Se confirmada a estimativa do BC, o ritmo de alta dos investimentos vai despencar em 2014, já que em 2013 o crescimento da FCBF foi de 6,3%. A desaceleração dos investimentos está contribuindo para o baixo crescimento do País. Até o segundo trimestre de 2015, a taxa da FBCF deve apresentar uma queda de 2,4% ,segundo o BC.
O BC reduziu de 2% para 1,6 % a projeção de alta do consumo das famílias este ano. A estimativa de alta do consumo do governo caiu de 2,1% para 1,7%. Até o segundo trimestre do ano que vem, o BC projeta uma alta de 1,2 do consumo do governo e de 1,6% do consumo das famílias.