BB muda taxas de juros para pessoas jurídicas em busca de ‘hiperpersonalização’

Banco utilizará uma série de atributos, em especial os dados compartilhados pelos clientes por meio do Open Finance

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Por Matheus Piovesana
Atualização:
2 min de leitura

O Banco do Brasil vai começar a analisar as taxas de juros em linhas de crédito para pessoas jurídicas de modo automatizado, o que levará à chamada “hiperpersonalização”, ou seja, à definição das taxas de modo mais individualizado. O banco utilizará uma série de atributos, em especial os dados compartilhados pelos clientes por meio do Open Finance.

Inicialmente, a mudança vale para operações de capital de giro, mas deve ser estendida em breve a outras linhas. O processo antes era feito por analistas de finanças. Com a evolução, o BB estima que a análise ficará mais amigável para as empresas e que aumentará os negócios realizados.

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“Esse é um diferencial exclusivo dos clientes PJ do Banco do Brasil: com a implementação da solução, já é possível atender o cliente de forma customizada sem abrir mão da agilidade, entregando em poucos minutos uma taxa sob medida para cada empresa”, diz em nota o gerente geral da unidade de Micro e Pequenas Empresas do banco, Alberto Martinhago.

“A hiperpersonalização de taxas PJ permite atender nossos clientes no momento em que eles precisam, com relacionamento próximo e pessoal, conectado ao que temos de melhor em tecnologia, entregando assim, um banco para cada cliente”, afirma o gerente geral da Unidade Analítica do BB, Rodrigo Vasconcelos.

Agência do Banco do Brasil  Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Aceleração

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O BB vem utilizando os dados recebidos através do Open Finance para personalizar ofertas no segmento de pessoa física, que tem aderido de forma mais rápida ao sistema. Segundo o banco, cerca de 90% dos clientes que compartilham dados já têm benefícios e soluções que utilizam as informações.

O compartilhamento de dados através do Open Finance tem acelerado à medida que mais instituições financeiras entram no sistema e ele se torna mais conhecido pela população. Segundo a governança do Open Finance, no início de fevereiro, eram 23,9 milhões de consentimentos. Em dezembro, esse número era de 18,7 milhões. A maior parte vem de pessoas físicas.

Na pessoa jurídica, o BB afirma ter o melhor índice de consentimentos, considerando a relação entre dados recebidos e dados transmitidos a outras instituições. Agora, a ideia é acelerar o uso das informações trazidas da concorrência nos modelos analíticos do banco, um dos benefícios do Open Finance para as instituições financeiras.

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