O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou esta tarde em cerimônia no banco a adoção de uma cláusula social em todos os seus futuros contratos. A cláusula permite ao banco vetar a liberação de recursos e fazer o vencimento antecipado de um crédito caso a empresa financiada use trabalho escravo, infantil, ou fira diretos humanos como os de igualdade de tratamento entre pessoas de gêneros, cor e religiões diferentes. Na prática, o BNDES já consultava listagens do Ministério do Trabalho para não conceder financiamento a empresa acusada de trabalho escravo ou infantil. "Já era a política do banco, agora ela é explícita", disse Coutinho. Participaram da cerimônia os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, além de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, de movimentos sociais e ONGs. O dirigente da CUT João Felício saudou a cláusula social como "uma conquista que tem uma importância muito grande na história do sindicalismo, da democratização e na humanização do mundo do trabalho".