PUBLICIDADE

Publicidade

Bolsa avança 0,24%, maior nível desde abril; dólar tem alta de 0,35%

Além da ajuda de Nova York, o impulso veio da disparada de papéis de empresas de varejo, em sintonia com a baixa dos juros futuros

Por Luis Eduardo Leal e Simone Cavalcanti

Depois de passar quase que o dia todo perto da linha d’água, o Ibovespa retomou a trajetória recente de recuperação nas duas horas finais da sessão e conseguiu superar a marca de 113 mil pontos. Nesta segunda-feira, 15, o dólar também teve um movimento de alta.

PUBLICIDADE

A pausa na progressão do Ibovespa nesta segunda-feira, 15, aconteceu em razão dos dados mais fracos nos Estados Unidos, referentes ao mercado imobiliário e ao índice Empire State, de atividade industrial de Nova York.

Os dados econômicos da China também pesaram no pregão. “A semana começou com a China surpreendendo negativamente o mercado com dados econômicos abaixo do esperado. A produção industrial subiu apenas 3,8% em julho na comparação anual, abaixo da expectativa de 4,6%. As vendas no varejo subiram 4,6% no mesmo período, mas ainda abaixo das previsões de alta de 5%. A economia chinesa, que vinha mostrando bons sinais de recuperação após os impactos das medidas de contenção da covid, viu a sequência se interromper”, aponta Letícia Sanches, especialista em renda variável da Blue3.

O principal índice da B3, porém, terminou alta de 0,24%, aos 113.031,98 pontos), o maior nível de encerramento desde 20 de abril, quando tocou os 114.343,78 pontos. Além da ajuda de Nova York - com o S&P 500 subindo 0,40% e Nasdaq, 0,62% -, o impulso veio da disparada de papéis de empresas de varejo, em sintonia com a baixa dos juros futuros. No topo dos maiores ganhos estiveram as ações ordinárias da Americanas (+18,29%) e do Magazine Luiza (+12,85%).

Além da ajuda de Nova York, o impulso veio da disparada de papéis de empresas de varejo, em sintonia com a baixa dos juros futuros. No topo dos maiores ganhos estiveram Americanas SA e Magazine Luiza  Foto: JF Diorio/Estadão

Dólar

O mercado de câmbio local acompanhou o exterior, onde o dólar se valorizou com investidores buscando proteção. O aumento do nível de incertezas com relação ao desaquecimento da economia chinesa e, por consequência, a queda nas cotações de commodities, como o petróleo, impulsionou a cotação da moeda americana. A divisa dos Estados Unidos mostrou força desde a abertura dos negócios não apenas frente às fortes, como à maioria das moedas emergentes, inclusive o real.

Mantendo a volatilidade que tem sido observada nas últimas sessões - sendo esta segunda a mais forte na etapa matutina dos negócios -, a cotação do dólar oscilou de R$ 5,0752 a R$ 5,1408 para encerrar o pregão nos R$ 5,0916 com alta de 0,35%.

Para Anilson Moretti, head de câmbio da HCI Invest, hoje, principalmente após a pandemia, qualquer notícia que envolve a China repercute em todos os países. “E hoje não foi diferente, após dados mais fracos daquela economia e o anúncio do corte de juros [pelo banco central do povo da China (PBoC)], o mercado estressou”, ressalta.

Publicidade

No entanto, pontua, o câmbio melhorou, com o real ainda pressionado, quando o fluxo de recursos estrangeiros começou a entrar. “Ainda que cada vez mais perto das eleições, com todos os riscos que envolvem, os estrangeiros têm visto o mercado brasileiro bem atrativo, principalmente com recursos para a Bolsa”.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.