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Bolsa sobe 0,17% após ata do Fed; dólar mantém alta e fecha em R$ 5,16

Seguindo a tendência global em dia de cautela por sinalizações para o curso da política monetária nos Estados Unidos, o dólar se manteve em alta frente ao real durante toda a sessão

Por Luis Eduardo Leal e Simone Cavalcanti

O Ibovespa chegou a atingir a linha dos 114 mil pontos nesta quarta-feira, 17, em que o mercado aguardava a ata do Federal Reserlve, mas encerrou aos 113.707,76%, alta de 0,17%. O dólar também terminou o dia em alta, cotado a R$ 5,1678, avanço de 0,53%,

A ata do BC americano não trouxe novidades ao mercado, mas levou os índices de ações em Nova York às máximas do dia, embora eles não tenham deixado o terreno negativo nesta sessão.

Seguindo a tendência global em dia de cautela por sinalizações para o curso da política monetária nos Estados Unidos, o dólar se manteve em alta frente ao real durante toda a sessão Foto: Werther Santana/Estadão

“A ata da reunião trouxe explicações do cenário (do Fed) para a economia americana, mas não explicitou qual será o ritmo de aperto monetário para a próxima reunião, em setembro. De forma geral, a autoridade monetária irá aumentar ou diminuir o ritmo do aperto monetário a depender do estado da economia”, observa Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.

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Seguindo a tendência global em dia de cautela por sinalizações para o curso da política monetária nos Estados Unidos, o dólar se manteve em alta frente ao real durante toda a sessão. Chegou ao topo em R$ 5,2143 na etapa matutina, mas, ainda em alta, se acomodou após a divulgação do teor da ata. Com a alta desta quarta, o dólar reduziu as perdas de agosto frente ao real para 0,13%.

Para Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos, o recado dado pelos integrantes do Fed não veio tão suave quanto se esperava. De fato, os dirigentes do Fed avaliaram que a inflação deve seguir alta em um nível desconfortável por “algum tempo”. Nesse sentido também observaram que a inflação permaneceu inaceitavelmente alta e bem acima da meta de longo prazo de 2%.

“Logo depois da divulgação da ata o dólar reagiu, voltou e seguiu como antes”, observa Boragini, ressaltando que o mercado parece estar ainda tendo um pouco de dificuldade de fazer uma leitura mais acurada de tudo o que está acontecendo. “A leitura de fato está nebulosa, então o ativo fica meio lateralizado. Talvez o mercado comece a mostrar uma direção em pouco mais tarde”.

Ainda assim, as incertezas que estão no front levam à busca por proteção na divisa americana. Mas, aqui no Brasil, o ritmo de valorização global do dólar tem sido amenizado frente ao real pelo fluxo estrangeiro positivo, lembra o especialista em renda variável.

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