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Alívio na tensão política local faz Bolsa subir 1,66%; dólar recua 1,39%

Com carta de Lula sobre compromisso fiscal em eventual mandato, Ibovespa saltou mil pontos em um minuto

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Por Redação

Os ativos domésticos tiveram alta firme na sessão desta quinta-feira, 27, sustentados em boa medida por posicionamentos dos candidatos à Presidência da República. O Ibovespa, principal índice da B3, terminou em alta de 1,66%, aos 114.640 pontos. Por outro lado, o dólar fechou a R$ 5,37, com queda de 1,39%. O cenário político também influenciou os ganhos da Petrobras.

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Entre os impulsos da movimentação do dia está o arrefecimento da tensão entre a campanha de Jair Bolsonaro e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois de o presidente dizer que suas contestações vão acontecer “dentro das quatro linhas da Constituição”.

Na meia hora final da sessão, contudo, o ânimo veio da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. O candidato do PT divulgou a “Carta ao Brasil do Amanhã”, na qual se comprometeu com uma política fiscal responsável, que “deve seguir regras claras e realistas”. A nuance do discurso fez a bolsa subir mil pontos em apenas um minuto.

Segundo turno das eleições ocorre neste domingo, 30. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

EUA acima das expectativas

Embora o quadro político no Brasil siga como principal vetor dos negócios, investidores absorveram nesta quinta uma agenda pesada no exterior. A leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA mostrou alta anualizada de 2,6% no terceiro trimestre, acima das expectativas (2,4%), mas não afastou a perspectiva de desaceleração da atividade nos próximos trimestres e eventual recessão em 2023.

Com a consolidação da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), após uma nova alta de 0,75 ponto porcentual da taxa básica em novembro, desacelere o ritmo para 0,50 ponto em dezembro, as taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) recuaram, dando fôlego a divisas emergentes e de países exportadores de commodities, incluindo o real.

Gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo afirmou que o dia foi propício para a queda do dólar. “Tem apostas de um Fed mais tranquilo lá fora. Aqui, ajudou a manutenção dos juros e sinais positivos da economia brasileira como queda do desemprego”, disse, em referência à decisão do Copom de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano.

“Fora isso, as altas dos últimos dias levaram exportadores a realizar sua posição, o que ajudou a derrubar dólar. A briga continua entre o intervalo entre R$ 5,20 e R$ 5,40″, disse Galhardo.

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