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Bolsa sobe 0,74%, contraria NY e quase anula perda semanal

Cenário: A Bovespa interrompeu três pregões consecutivos de queda e, contrariando a trajetória de Nova York, fechou em alta de 0,74% nesta sexta-feira. Com isso, o principal índice de ações brasileiro, o Ibovespa, atingiu 54.463,16 pontos e praticamente anulou as perdas da semana, que ficaram restritas a 0,09%.Os operadores dizem que o movimento refletiu uma correção técnica. Isso explicaria o fato de as maiores valorizações terem se concentrado nos setores que mais perderam nos últimos dias, como bancos e construção. Já os carros-chefes da Bolsa registraram mais um dia de perda. A ação ON da Petrobrás caiu 0,87% e a PN recuou 0,32%. Vale ON registrou declínio de 1,88% e a PNA, de 1,62%.O dólar, após fechar cinco pregões consecutivos acima de R$ 2,00, retrocedeu para um nível inferior a essa marca ontem, novamente influenciado pela ação do Banco Central. Com estratégia diferente da observada nos últimos pregões, a autoridade monetária não deu tempo para o mercado pensar e, logo após a abertura anunciou mais um leilão de swap cambial, que representa venda da moeda para entrega futura. Já são seis intervenções desde a sexta-feira da semana passada. Ontem, o BC ofertou contratos no valor de até US$ 2 bilhões, mas vendeu US$ 698,2 milhões. Essa insistência do BC, segundo operadores, mostra o intuito de deixar a moeda perto de R$ 2,00 e fez o dólar aqui seguir trajetória contrária aos ganhos da moeda dos EUA no exterior. No mercado à vista de balcão, o dólar recuou 1,87%, terminando o dia a R$ 1,998 e corroborando três pregões seguidos de perdas. Com isso, na semana o dólar apresentou queda de 1,09%, mas o ganho no mês ainda é de 4,83% e no ano, de 6,90%. O mercado de juros, que passou por um momento recente de alta nas taxas, acompanhando a escalada do dólar à marca de R$ 2,10, devolveu parte dos ganhos devido ao recuo da moeda. Além disso, houve um movimento de correção técnica da forte alta das taxas registrada na quinta-feira. Com três pregões pela frente até a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a curva de juros embute corte de 0,5 ponto porcentual no juro básico da economia, a Selic, no dia 30.

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