Quais são os países que mais exportam aço para os EUA? Brasil está entre os primeiros

Volume de importação dos norte-americanos do produto brasileiro avançou 14,1% no ano passado

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Por Redação
Atualização:

Neste domingo, 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai impor tarifas de 25% sobre alumínio e aço importados, afetando diversos países, incluindo o Brasil. No entanto, o principal alvo do governo do republicano é a China.

De janeiro a dezembro do ano passado, o Brasil foi o segundo país que mais exportou aço para os Estados Unidos, segundo relatório divulgado no dia 27 de janeiro pelo American Iron and Steel Institute (Instituto Americano de Ferro e Aço). Foram enviadas 4,49 milhões de toneladas líquidas, o que representou um avanço de 14,1% em relação a 2023, quando foram exportados 3,94 milhões de toneladas líquidas.

Empresas brasileiras enviaram 14% a mais de aço para os EUA em 2024 em relação ao ano anterior Foto: Divulgação/ ArcelorMittal

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O ranking do American Iron and Steel Institute é liderado pelo Canadá, que enviou aos Estados Unidos no ano passado 6,57 milhões de toneladas líquidas, queda de 4,8% em relação a igual período de 2023. Em terceiro lugar aparece o México, com 3, 51 milhões de toneladas líquidas, recuo de 15,9%.

A tonelada líquida é uma unidade de massa usada no sistema norte-americano equivalente a 2.000 libras, também conhecida como tonelada curta. Uma libra, a unidade de massa unitária usada nos EUA, equivale a 0,45 quilo. Confira abaixo o ranking dos 10 países que mais exportam aço para os norte-americanos.

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O que diz Trump

O anúncio de Trump foi feito quando ele estava a caminho do Super Bowl. Ele adiantou que imporá tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio importados, afetando todos os países, incluindo seus maiores parceiros comerciais como Canadá e México.

Essa decisão marca uma mudança em relação à política inicial de seu mandato em 2018, quando havia imposto as mesmas tarifas, mas concedeu isenções a alguns países, incluindo Canadá, México, União Europeia e Brasil.

Segundo ele, a medida visa proteger a indústria americana, mas levanta preocupações sobre a falta de base técnica para tal decisão e os possíveis efeitos colaterais, como o aumento do custo de produção e da inflação nos EUA.

Especialistas e representantes do comércio exterior, como o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, e o ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil, Welber Barral, criticam a medida. Eles alertam para os impactos negativos nas exportações brasileiras, especialmente no setor de alumínio e aço, e questionam a possibilidade de futuras tarifas sobre outros produtos, como o ferro e o minério de ferro, que são importantes exportações do Brasil para os Estados Unidos. A preocupação é que essas tarifas adicionais compliquem ainda mais o comércio entre os países e prejudiquem as relações comerciais estabelecidas.

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