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Brasil tem muito estrangeiro em supermercado, alerta organização

Por Agencia Estado
Atualização:

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta que a percentagem de capital estrangeiro no setor de supermercados no Brasil é uma das mais altas do mundo. Segundo um estudo publicado pela organização, das sete maiores redes de varejo do País, seis contam com capital estrangeiro. O fenômeno de aquisições de redes locais por empresas multinacionais tem sido observado em vários países desde meados dos anos 90. No Brasil, o estudo aponta como exemplos dessa tendência a compra do Big Bom pelo Carrefour e a iniciativa da Royal Ahold Group em adquirir as redes Bompreço e Paes Mendonça. O problema é que, nas economias mais pobres, os grupos nacionais que não foram comprados pelas empresas estrangeiras acabaram tendo grandes dificuldades em sobreviver. Na Tailândia, 500 mil pequenos negócios fecharam desde 1998, quando as primeiras multinacionais do setor varejista chegaram. No Brasil, o número de negócios que foram à falência não se proliferou como em outros países. A OIT afirma que a estratégia usada no País foi a fusão de vários grupos nacionais para poder sobreviver diante da concorrência externa. O Ponto Frio, por exemplo, comprou 81 redes locais de varejo. O resultado dessa estratégia foi uma forte concentração no setor. Segundo o estudo, os cinco maiores supermercados do País tem 40% das vendas do setor. A OIT adverte que, além da concentração, outra tendência que está sendo observada é a queda no número de empregos oferecidos no setor diante das mudanças estruturais. Nos países em desenvolvimento, a aquisição de redes de comércio por empresas estrangeiras pode criar um maior desemprego e uma degradação das condições de trabalho.

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