Justin Lin, economista-chefe do Banco Mundial, acha que a crise vai fazer com que o crescimento do PIB chinês se desacelere de 11% para algo próximo a 8%. Ele diz que as exportações para os países ricos, mais abalados pela crise, é uma parte muito importante do processo de crescimento chinês. "Num mundo globalizado, não é possível ficar totalmente insulado, mais a China tem uma posição excepcionalmente forte, com US$ 1,9 trilhão em reservas, e superávit fiscal e nas contas externas", ele observa. Sobre o Brasil, Lin diz que a desaceleração em 2009 para um nível entre 3% e 4%, projetada por vários analistas, lhe parece razoável: "A economia brasileira também tem os seus pontos fortes, como a melhora dramática da gestão macroeconômica e um setor externo saudável". O papel do Banco Mundial na crise, segundo Lin, é o de apoiar a constituição de redes de segurança social e os investimentos em infra-estrutura nos países pobres e emergentes. Os empréstimos triplicaram para US$ 35 bilhões.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.