Brinquedos: salvaguarda à importação dura mais um ano

PUBLICIDADE

Publicidade
Por Agencia Estado
Atualização:

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) oficializou hoje a prorrogação, por mais um ano, da salvaguarda aplicada a todas as importações de brinquedos. Segundo a resolução 47 publicada ontem no Diário Oficial da União, a alíquota de 10% adicionais à Tarifa Externa Comum (TEC) de 20% vigorará até 31 de dezembro de 2004, quando terminará o novo processo de investigação do setor, que determinará se os fabricantes nacionais têm condições de concorrer com os estrangeiros. A decisão de prorrogar a salvaguarda, que vigoram desde 1996, já havia sido comunicada pelo governo à Organização Mundial de Comércio (OMC). O setor de brinquedos tem hoje 318 fabricantes, dos quais 212 ligados à Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq), e emprega 26 mil pessoas. O presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, defendeu a ampliação da proyteção concedida ao setor afirmando que ?prevaleceu o bom senso do governo?. ?O setor tem a oportunidade de continuar o processo de recuperação. Sem a prorrogação, muitos dos investimentos em maturação correriam o risco de não dar retorno?, disse. Ele lembrou que a salvaguarda começou com uma sobretarifa de 70%. ?Houve desgravação crescente, à medida em que a indústria ia se recuperando?, avaliou. Em 96, o setor tinha 7,2 mil empregados, ante os 26 mil de hoje. ?A salvaguarda produziu empregos?, disse Costa. O presidente da Abrinq destacou que os compromissos de ajuste firmados entre as indústrias e o governo, quando da aprovação e das renovações da salvaguarda, foram quase plenamente atingidos. Segundo a investigação da Camex, no período de 2000 a 2002, o compromisso de abertura de 11.068 empregos foi superado em 4,8%. No mesmo período, a indústria lançou 1.599 produtos (99,4% do compromissado) e licenciou outros 1.307 brinquedos (21,8% acima do acertado). Existiam também metas de treinamento de funcionários (93,3% cumprida), de investimentos em capacidade produtiva (100%, ou R$ 29 milhões) e em marketing (94,2%) e de exportações (ultrapassada em 10,5%).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.