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País gera 277,9 mil empregos com carteira assinada em junho, diz Ministério do Trabalho

Resultado do mês passado representa recuo em relação ao mesmo mês de 2021; no acumulado do primeiro semestre, as vagas formais criadas neste ano também são menores do que as geradas no ano passado

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Por Redação
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BRASÍLIA - A economia brasileira criou 277.944 empregos com carteira assinada em junho deste ano, informou nesta quinta-feira, 28, o Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

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O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) trata apenas do mercado formal, com carteira. Já o mercado de trabalho brasileiro é formado, na sua maior parte, pelo trabalho informal - daí a diferença com os números do IBGE.

O resultado do mês passado decorreu de 1.898.876 de admissões e 1.620.932 de demissões. O número de junho deste ano é menor do que o verificado no mesmo mês de 2021, houve abertura de 317,8 mil vagas com carteira assinada.

O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, mas o resultado veio acima da maioria das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de abertura líquida de 200 mil a 300 mil vagas em junho, com mediana positiva de 234 mil postos de trabalho.

No primeiro semestre de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 1.334.791 de vagas. O número representa recuo na comparação com o mesmo período de 2021, quando foram criadas 1,48 milhão de vagas.

O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, afirmou que o resultado do primeiro semestre se aproxima da meta de 1,5 milhão de vagas apresentada em janeiro pelo governo. Segundo Oliveira, a tendência é de que mais empregos sejam criados no segundo semestre.”No segundo semestre a economia aquece e devemos gerar mais empregos”, disse.

Dados do Caged compreendem apenas o mercado formal de trabalho Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Desde 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores.

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Os dados do Caged podem ser revisados até um ano após novas demissões e contratações. No ano passado, no fim de janeiro, o Ministério da Economia divulgou que em 2020 as admissões haviam superado as demissões em 142.690 empregos no ano passado. Em novembro, porém, depois das revisões, os dados apontaram para destruição de 191.502 vagas, ao contrário do que o governo alardeou durante todo o ano.

Setores

A abertura líquida de 277.944 vagas de trabalho com carteira assinada em junho foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 124.534 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 47.176 vagas.

Já a construção civil gerou 30.257 vagas em junho, enquanto houve um saldo de 41.517 contratações na indústria geral. Na agropecuária, o saldo líquido foi positivo em 34.460 vagas no mês.

No sexto mês do ano, todas as 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi novamente registrado em São Paulo, com a abertura de 80.267 postos de trabalho. Já o menor saldo foi o de Roraima, que registrou a criação de 529 vagas em junho.

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O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada chegou a R$ 1.922,77 no mês, com alta real de R$ 12,99. / COM BROADCAST

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