Câmara dos EUA aprova reforma da regulação financeira

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Por KEVIN DRAWBAUGH

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira as maiores mudanças na regulação financeira desde a Grande Depressão, marcando uma vitória do governo Obama e dos democratas. Com o Senado previsto para debater reformas similares no ano que vem, a Câmara aprovou por 223 votos a 202 o projeto de 1.279 páginas discutido por meses desde que a crise do ano passado convenceu os democratas da urgência de uma reforma. O projeto deve criar um conselho para policiar o risco sistêmico na economia, fiscalizar fundos de hedge e agências de rating, definir uma agência financeira de proteção ao consumidor e sujeitar a política monetária do Fed a uma supervisão sem precedentes do Congresso, entre outras reformas. Enfrentando uma recessão e o descontentamento por pacotes de bilhões de dólares tirados dos cofres públicos para ajudar companhias como AIG e Citigroup, criados ainda no governo Bush, o presidente Barack Obama e seus colegas democratas estão ansiosamente querendo mudanças. Os republicanos e uma tropa de lobistas a favor de bancos e firmas de Wall Street, cujos lucros seriam ameaçados, têm lutado há meses com o objetivo de enfraquecer ou adiar as reformas, criticando o que consideram uma intervenção desnecessária e cara nos negócios. A batalha vai continuar por meses até chegar lentamente ao Senado, que, segundo esperado, deve trabalhar por uma legislação mais modesta. Uma vez que projetos separados sejam aprovados pela Câmara e pelo Senado, os parlamentares terão de aceitar um compromisso legislativo que possa ser transformado em lei. A Câmara dos Deputados tratou de uma série de projetos de reforma durante debate nesta semana, com resultados diferentes para ambos os lados. Numa vitória para o setor bancário, a Câmara aprovou a rejeição de medidas que permitiriam que juízes de falência modificassem os termos de hipotecas para donos de imóveis com problemas financeiros.

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