BRASÍLIA - O índice de Basileia do sistema financeiro nacional estava em 16% em abril deste ano, segundo dados do Banco Central, porcentual inferior aos verificados ao final dos últimos dez anos. O índice é o indicador que mede a relação entre o capital da instituição e o volume de recursos emprestado. No Brasil, o mínimo exigido é 11%, enquanto no exterior é 8%.
Dados do BC mostram que os bancos brasileiros tinham índice de Basileia de 18,9% em 2009, que recuou para 16,9% em 2010 e para 16,3% no final do ano passado. Esse último é o menor porcentual desde 2001, quando estava em 14,8%.
Na comparação com outros países, no entanto, o porcentual verificado ao final de 2011 (16,3%) é um dos maiores, atrás apenas de Turquia (16,6%) e Alemanha (16,4%), segundo levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentado nesta terça-feira pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência pública no Senado.
O levantamento do FMI mostra que o índice da capitalização do sistema financeiro nacional está acima do verificado em outros 17 países selecionados, como Reino Unido, México, Estados Unidos e todos os demais Brics.
Outro dado do FMI apresentado por Tombini mostra que o Brasil apresenta o maior grau de provisão sobre capital entre esses países, empatado com o México, com margem de 9% acima do necessário. Também lidera, ao lado da Coreia do Sul, o índice de ativos líquidos sobre passivo de curto prazo, com índice de 109%.