PUBLICIDADE

Publicidade

Centrais abrirão licitação para crédito com desconto em folha

Por Agencia Estado
Atualização:

As três maiores centrais sindicais do País - Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT)- anunciaram hoje que realizarão em 2 de outubro uma concorrência pública para definir com quais bancos firmarão acordos de crédito com consignação em folha de pagamento. "Comunicamos às entidades financeiras que abriremos concorrência pública, uma licitação, para estabelecermos os acordos. O principal critério será oferecer a menor taxa de juros", disse o presidente da CUT, Luiz Marinho, após reunião na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Segundo ele, foi estabelecida uma nova reunião entre sindicalistas e representantes dos bancos para a próxima quarta-feira, dia 24, para que as instituições financeiras informem se aceitam participar da concorrência. A entrega das propostas será na Trevisan Consultoria, em São Paulo, e a abertura dos envelopes está marcada para as 15h do dia 2 de outubro, no caso de os bancos confirmarem participação na concorrência. Marinho informou que, do total de propostas a serem recebidas, um terço será selecionado e entrará em uma segunda fase de negociação com as centrais sindicais. "Será um leilão de ofertas, para estimular a competição e privilegiar a melhor proposta", avaliou. Marinho disse ainda que os bancos poderão apresentar propostas diferenciadas, com juros diferentes para tipos de categorias e regiões do País. "Queremos estabelecer um acordo guarda-chuva na central para ser seguido pelos sindicatos", explicou. Febraban cobra regras O presidente da Nossa Caixa e diretor-executivo de Produtos e Financiamentos da Febraban, Valdery Albuquerque, cobrou das centrais sindicais que apresentem um conjunto de regras para que os bancos participem da concorrência pública para estabelecer acordos de crédito com consignação em folha de pagamento. ?Os bancos precisam de regras claras para participar dessa concorrência. Juros não são a única variável relevante", complementou. De acordo com o executivo, fatores como atendimento dos tomadores de empréstimo, ponderação de juros conforme os riscos de cada empréstimo e reciprocidade (redução ou retirada de tarifas confirme a fidelidade do tomador do empréstimo ou da empresa para qual trabalha) deveriam ser contemplados no conjunto de regras. O executivo informou que a Febraban disponibilizou sua comissão de financiamento para discutir, em conjunto com os representantes das centrais sindicais, quais regras seriam contempladas para o fechamento de contrato. O secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Francisco Canindé Pegado, rebate: "não haverá regra nenhuma. Cada instituição faz sua proposta e as centrais aprovam qual será a melhor, sendo que o critério principal é a menor taxa de juros".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.