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Claro deve fechar 2021 com pelo menos 1 milhão de aparelhos compatíveis com 5G, de acordo com o CEO da operadora, Paulo César Teixeira. O cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) indica que a nova geração de internet móvel tem até julho do ano que vem para começar a funcionar nas capitais do Brasil. As operadoras, no entanto, tentam antecipar essa data e disponibilizar o 5G ainda no final deste ano.
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Se comparada ao 4G, a nova tecnologia tem velocidade até 50 vezes maior na taxa de transmissão de dados, e latência (tempo de resposta entre a solicitação de um dado e o retorno da rede) até 30 vezes menor.
Com investimentos de R$ 1,7 bilhão, a Claro garantiu em leilão da Anatel a outorga das frequências de 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz, ampliando a quinta geração para faixas exclusivas. Teixeira alerta que agora o mais importante é o governo conseguir a liberação das faixas para que os investimentos em infraestrutura aconteçam dentro do prazo (veja quadro). “Queremos ajudar nisso, mas precisamos de celeridade”, ressaltou.
O aporte bilionário no leilão garantiu a presença da Claro nas frequências de maior potencial de desenvolvimento de um ecossistema 5G. “O governo também está de parabéns por ter realizado a concorrência com um caráter não arrecadatório”, elogiou Teixeira.
Como vai funcionar
A faixa 3,5 GHz é a mais usada no mundo para 5G e a mais adequada para lançamento dos serviços nos grandes centros, pois entrega maior velocidade de navegação aos usuários. Ao lado de Vivo e TIM, a Claro conquistou um dos lotes que abrange todo o território nacional.
“Nessa frequência será possível oferecer uma largura de banda (espécie de estrada por onde trafegam os dados) da ordem de 100 MHz, que é o padrão internacional”, explica Teixeira.
Com isso, a rede garante taxa de transmissão de dados de 40 a 50 vezes mais rápida do que as 4G atuais e latência em torno de 4 a 5 milissegundos, 20 a 30 vezes inferior à anterior (leia mais nessa página).
A faixa de 2,3 GHz pode ser usada para 4G, 4.5G e 5G. Ela possibilita a complementaridade e estabilidade do sinal. Isso garante uma velocidade constante de navegação e também a ampliação do alcance dos serviços. A Claro garantiu essa faixa nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul e no estado de São Paulo.
Metade dos clientes que possuem aparelhos 4G tem compatibilidade com 2,3 GHz. O diretor de Tecnologia da Claro, André Sarcinelli, informou que quem tem aparelhos nessa faixa poderá operar no 4.5G, “que já apresenta uma performance muito superior”.
Futuramente, essa frequência poderá ser liberada apenas para o 5G, “e o mesmo equipamento (rádios, torres e antenas) que está instalado será migrado via software”, explicou Sarcinelli. “É uma migração bem tranquila e pode ser feita antena a antena, não um deployment da rede toda. Vamos realizar as mudanças conforme houver uma maior penetração dos terminais 5G.”
Teixeira complementa dizendo que os terminais 5G previstos para o fim deste ano na rede Claro também são compatíveis com o chamado 5G non-standalone (faixa não exclusiva, ou seja, que recebe não só a rede da nova tecnologia).
As faixas non-standalone já estão no ar em algumas capitais desde meados de 2020 por meio do compartilhamento dinâmico de frequências com o 4G. Elas já oferecem uma performance de 20% a 30% superior em velocidade em relação ao 4G, e continuará no ar nas faixas de 2,3 GHz, complementando a cobertura do 5G SA (standalone, em frequência exclusiva) em 3,5 GHz.
Da faixa de 26 GHz (ondas milimétricas), a Claro conquistou no leilão um lote nacional que poderá ser explorado por 20 anos. Essa frequência é de curto alcance e requer a instalação de uma infraestrutura robusta de fibra, rádios e torres. Também apresenta uma largura de banda de 400 MHz, com alta velocidade de dados. É ideal para a criação de soluções 5G para aplicações no agronegócio, na indústria 4.0, na saúde e na mídia. “É a frequência do futuro, mas nada impede que se encontrem aplicações para ela também no presente”, indicou Teixeira.
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Operadoras devem subsidiar vendas no Natal
Consumidores que queiram experimentar logo o potencial do 5G em suas mãos poderão, em breve, contar com uma oferta de aparelhos mais acessíveis no mercado brasileiro. Entre as grandes operadoras, a Claro é uma das que vem se aproximando das fabricantes com a proposta para que disponibilizem produtos de gama mais média, de acordo com o CEO da operadora, Paulo Teixeira.
“Estamos reforçando que queremos produtos 5G, mas que não tragam somente os produtos mais caros, de R$ 5 mil ou R$ 10 mil. E tivemos parcerias muito boas; a Motorola foi uma das fabricantes que veio com uma boa perspectiva”, afirmou o executivo.
Ele informou que há cerca de 40 marcas de smartphones que estão fabricando aparelhos 5G hoje já no mercado brasileiro.
Para o Natal, a ideia é investir na venda subsidiada ou parcelada de smartphones na faixa de R$ 2 mil. “O que tenho escutado da indústria em geral, dos parceiros e do mercado de varejos é que já há uma procura pelo 5G. É aquela história: você quer comprar um carro novo, vai querer o modelo 2022 e não o 2021, né?”, exemplificou o presidente da Claro.
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