A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu hoje a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 de 5% para 4,7%, segundo o informe conjuntural do segundo trimestre deste ano, no qual a entidade publica suas projeções para a economia brasileira. Segundo a entidade, a queda da projeção para a expansão do PIB deve-se, principalmente, a uma redução nas expectativas em relação ao consumo das famílias. No informe conjuntural do primeiro trimestre, a CNI projetava um aumento do consumo de 7,5%, mas reduziu agora para 5,5%. Já a projeção de crescimento do PIB da indústria foi mantida em 5%. A CNI também revisou para baixo a previsão de crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (referente aos investimentos), passando de 14% no informe conjuntural do primeiro trimestre de 2008 para 10,5% no documento divulgado hoje. Na esteira dos analistas de mercado, a entidade ampliou a sua previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008, elevando de 4,7% no último documento para 6,4% agora, próximo do teto da meta de inflação deste ano, que é de 6,5%. Contas externas Em relação à balança comercial, a CNI reduziu de US$ 25 bilhões para US$ 20 bilhões a previsão de superávit comercial em 2008. A queda se deve à revisão das expectativas em relação às importações, que subiram de US$ 165 bilhões para US$ 170 bilhões. A previsão para as exportações foi mantida em US$ 190 bilhões. A CNI também aumentou a previsão de déficit em conta corrente (saldo de todas as operações do País com o exterior), de US$ 15 bilhões para US$ 20 bilhões.
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