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SP Ventures acelera aportes em ‘agfoodtechs’ com fundo de R$ 300 milhões

Gestora estima aplicar recursos em três a cinco startups até o fim deste ano

colunista convidado
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Por Coluna Broadcast Agro
Atualização:

A SP Ventures, gestora de venture capital especializada em startups ligadas ao agronegócio, prevê novos aportes em “agfoodtechs” do Brasil e da América Latina. Com um fundo de R$ 300 milhões em andamento, estima aplicar recursos em três a cinco startups até o fim deste ano, conta Francisco Jardim, sócio-fundador da SP. “Dois aportes estão prestes a ser finalizados. Um em startup voltada à educação de profissionais do campo e outro em um marketplace para pecuária”, antecipa Jardim. Outras 13 agfoodtechs já receberam recursos deste terceiro fundo da SP. A expectativa é de que um total de 18 a 22 startups acesse o montante até o fim de 2023. “Provavelmente no primeiro trimestre começaremos a desenhar a captação para um novo fundo.”

À frente da SP Ventures está Francisco Jardim; desde 2007, o fundo já investiu em 35 'agfoodtechs' e planeja mais 3 a 5 este ano. Foto: Valéria Gonçalvez/Estadão

Dentro e fora da porteira

A SP Ventures está de olho em agfoodtechs de todos os segmentos, diz Jardim. Mas vê maior espaço para crescimento de startups de crédito, biológicos, marketplaces, digitalização e seguro agrícola. “Atentamos para negócios escaláveis e comprometidos com ESG”, diz.

América Latina também está no alvo

Parte dos recursos do fundo da SP será destinada a agfoodtechs latinas, além das quatro em que já investiu. Lá fora, há interesse em Argentina, México e Colômbia. Na mira, desde startups de sequenciamento genômico para o agro a e-commerce. “Cerca de 30% do fundo deve ser alocado em países que não o Brasil.”

Tecnologia

A plataforma de distribuição de insumos Nutrien testa a versão beta de seu sistema digital nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. A empresa quer oferecer orientação agronômica a pequenos produtores, segmento no qual ganhou participação ao comprar, recentemente, a Casa do Adubo. “Com a aquisição, abrimos uma avenida gigantesca para a plataforma digital”, diz André Dias, presidente da Nutrien para a América Latina.

Cresce

A holandesa Topigs Norsvin, do segmento de genética suína, quer atingir em 2023 market share de 40% no Brasil, atualmente na casa de 36%. Adauto Canedo, diretor de Negócios da companhia, não revela o faturamento, mas garante que os projetos da empresa “estão saindo do papel”, a despeito do momento difícil na suinocultura brasileira, que lida com custos de produção elevados e queda das vendas e nos preços pagos ao produtor.

De lá para cá

Canedo diz que “muito em breve” entra em operação a granja núcleo em Lages (SC), que terá matrizes suínas trazidas da Noruega e do Canadá. “Todos os recursos estão sendo destinados para a unidade”, conta o executivo. A estratégia é, segundo ele, ter “genética de alta qualidade”. A Topigs está investindo também em uma central de inseminação artificial no País.

Fora da curva

Os sócios do escritório de advocacia SIDC, especializado em direito imobiliário, observaram, no primeiro semestre, movimento bem diferente de um ano antes: fundos buscando assessoria para comprar fazendas. Em menos de seis meses, foram quatro operações grandes, envolvendo R$ 120 milhões e nove propriedades no Centro-Oeste, contam Daniel Gomes e Pedro Serpa. As vendas foram feitas por produtores para saldar dívidas, principalmente bancárias.

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Vou voltar

Nos acordos em que o SIDC atuou, os proprietários venderam as fazendas com a opção de recompra após determinado período. Os fundos serão remunerados com o valor pago pelos vendedores pelo arrendamento das mesmas terras, por um período de, no mínimo, 36 meses. Ao fim do prazo, caso os produtores não queiram ou não possam recomprar a propriedade, os fundos ainda terão como opção se desfazer dela pelo valor de mercado no momento.

Suinocultura chinesa pode favorecer venda de farelo

A recuperação da suinocultura chinesa e as metas do país para ser autossuficiente na produção de carne suína podem impulsionar a venda de farelo brasileiro para a China, oficializada na última semana. Fontes do setor dizem, porém, que a exportação vai depender da capacidade de processamento da própria indústria chinesa e dos preços da soja em grão.

Unica apresenta etanol brasileiro à Argentina

Enquanto no Brasil se discutem mudanças no Renovabio, integrantes do poder público e players do setor sucroenergético vão a Buenos Aires, na Argentina, nesta semana para o Ethanol Talks. A ideia é debater com os argentinos a descarbonização por meio do biocombustível e estreitar a cooperação com o Brasil. / ISADORA DUARTE, LETICIA PAKULSKI, SANDY OLIVEIRA, CLARICE COUTO e GABRIELA BRUMATTI

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