Em recuperação judicial desde 2022, o grupo educacional Oswaldo Cruz começou a pagar os salários atrasados nesta sexta-feira, 14. Foram pagos 30% das remunerações atrasadas de 2024 e o mês de janeiro, que somaram R$ 1,2 milhão. As dívidas totais do grupo são de R$ 63 milhões.
O pagamento foi possível graças à captação de um fundo de investimentos para um empréstimo ponte de R$ 1,5 milhão e um DIP Financing (financiamento para devedores) de R$ 3,5 milhões. O empréstimo ponte tem como garantia os recebíveis dos cursos de pós-graduação, e o DIP Financing, dois imóveis dados em alienação fiduciária.
O aporte será usado para dar andamento à reestruturação do grupo, assumida no dia 20 de janeiro pela consultoria especializada em reestruturação Triunfae. O acordo para o pagamento dos atrasados com o corpo docente foi homologado na terça-feira, 12, depois de uma Assembleia Geral do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinprosp).
Imóveis da instituição vão a leilão
Na assembleia também foi aprovado o pagamento de 70% do restante em atraso de 2024 no encerramento do leilão de oito imóveis localizados na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, avaliados em R$ 104 milhões.
Com a aprovação do acordo, professores do ensino médio retornaram as atividades em 10 de fevereiro. A expectativa é de que os da graduação retornem em 24 de fevereiro. Sem aulas, havia a possibilidade de os alunos não se formarem, como informou a Coluna.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 14/02/2025, às 17:35.
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