O setor de energia promete ter um ano quente em termos de negócios. Além de fusões e aquisições de ativos que vêm sendo oferecidos ao mercado, algumas privatizações e concessões começam a se delinear para o segundo trimestre. Após o Tribunal de Contas do Estado (TCE/ES) autorizar a privatização da distribuidora estatal ES Gás, o governo do Espírito Santo quer realizar o leilão na B3 em 31 de março. A data pode ser empurrada para meados de abril, mas a expectativa é que não aconteça muito depois disso. O certame tem lance mínimo estimado em R$ 1,3 bilhão. Já a Neoenergia avança nas negociações em torno da venda de fatia de seu braço de transmissão. A intenção inicial era concluir até junho, mas o negócio deve sair antes.
Fundos internacionais têm interesse em ativos
A Neoenergia caminha para encontrar um parceiro financeiro que compre até 49% da unidade de negócios na qual se concentram seus ativos operacionais. Após atrair interesse da Itaúsa e de grupos como os fundos de pensão canadenses Caisse de Dépôt et Placement de Québec (CDPQ) e Ontario Teachers, além do fundo soberano de Singapura GIC, as tratativas envolvem o desenho do potencial acordo de acionistas, além do preço do ativo.
Discussões envolvem próximos leilões
Também estão em discussão as condições sobre a transferência para a holding de transmissão dos empreendimentos atualmente em construção pela Neoenergia, na medida em que se tornem operacionais, além das condições para a participação dos sócios em futuros leilões de transmissão promovidos pelo governo. Procurados, Neoenergia, Itaúsa, Ontário Teacher e CDPQ não quiseram comentar. O GIC não respondeu a solicitação de comentário.
O governo do ES, por sua vez, já reservou datas para o leilão de privatização da ES Gás junto à B3, e a preferida até o momento é o último dia de março. Contudo, há uma margem para que o certame aconteça até meados de abril.
Oferta de ações de CTG Energia é adiada e deve ficar para abril
Já em relação a um dos maiores IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) previsto para este ano, o da CTG Energia, o movimento foi postergado, em função do momento desfavorável para novas estreias em Bolsa. Previsto inicialmente para o primeiro bimestre de 2023, o IPO deve ficar para abril ou depois. A expectativa inicial era de que a oferta movimentasse R$ 5 bilhões.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 03/02/2023, às 18h00
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