
As regiões Norte e Nordeste tiveram o maior crescimento de vagas em supermercados e restaurantes entre 2020 e 2024. Embora a concentração de postos de trabalho nesses dois setores continue em São Paulo, alguns Estados como Roraima, Paraíba e Amapá tiverem os maiores avanços nos empregos formais em termos porcentuais. A conclusão está em um estudo inédito realizado pela Alelo, empresa especialista em benefícios e gestão de despesas corporativas em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O levantamento foi feito com base nos microdados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em termos nacionais, o estudo revelou um crescimento expressivo no período que começou em janeiro de 2020, pouco antes da pandemia de Covid-19, a outubro de 2024. Segundo o levantamento houve aumento de 18,4% nos vínculos formais em supermercados e 8,7% nos restaurantes.
O crescimento porcentual em supermercados foi liderado por Roraima (+51,1%), seguido do Amazonas (+44,4%) e Paraíba (+41,2%). Já nos restaurantes, os destaques foram Amapá (+49,6%), Roraima (+41,8%) e Tocantins (+39,3%). Segundo a Fipe, “esse avanço reflete o impacto positivo da expansão econômica nessas regiões, especialmente em atividades de comércio e turismo”.
Avanço é forte, mas representatividade, baixa
Apesar do forte crescimento, esses Estados ainda respondem por uma parcela pequena do total de empregos formais desses setores no Brasil. O líder Roraima, por exemplo, respondia por apenas 0,3% do total de vagas formais em supermercados. Já o Estado que liderou o ranking de restaurantes, Amapá, respondia por apenas 0,2% dos postos de trabalho em outubro de 2024.
São Paulo continua liderando o ranking de Estados com o maior número de vínculos formais nos dois segmentos. A rede supermercadista paulista responde por 27,6% dos empregos do setor no Brasil, enquanto os restaurantes no Estado concentram 31% das vagas do País.
O estudo com os microdados do Caged apontou também um aumento real (acima da inflação) de 3% no salário médio em restaurantes e de 0,3% nos restaurantes. Nos dois casos, o salário médio era um pouco acima do salário mínimo nacional: R$ 1.773 nos supermercados e R$ 1.732 nos restaurantes.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 21/01/2025, às 17:16.
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