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Bastidores do mundo dos negócios

Indústria se une à Academia por busca de aplicações 5G no chão de fábrica

Aliança entre empresas de telecomunicações e centros de pesquisa testará possíveis aplicações numa rede privada

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Por Gabriel Baldocchi (Broadcast)
Em sua fábrica de Caçapava (SP), a Nestlé já utiliza a tecnologia 5G Foto: PEDRO IVO PRATES/ESTADAO

Enquanto a tecnologia do 5G avança pelas cidades brasileiras, um dos setores com maior potencial de se beneficiar do advento ainda busca respostas sobre as formas mais eficientes de aplicação. Para ampliar o conhecimento no tema, a indústria nacional contará com a ajuda de pesquisadores acadêmicos. Uma aliança entre empresas de telecomunicações e centros de pesquisa testará possíveis aplicações numa rede privada.

A ideia é desenvolver softwares e componentes de conectividade para criar uma plataforma capaz de validar as aplicações industriais. Seria uma espécie de pista de testes, como as que existem hoje no setor automotivo.

Novas possibilidades e indústria 4.0

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A tecnologia 5G abre um novo campo de possibilidades na produção, dentro do conceito conhecido como indústria 4.0. Trata-se de um ambiente de alta conectividade, em que as interações entre robôs, redes e aparelhos se dão de forma muito mais veloz e confiável.

As potenciais formas de utilização vão desde permitir que um funcionário faça treinamentos em simuladores com tecnologia de realidade aumentada até rastreamentos em tempo real e com alta precisão de robôs logísticos. Há ainda a possibilidade de acionar bloqueios capazes de reduzir o risco de ataques cibernéticos.

Iniciativa terá investimentos de cerca de R$ 10 milhões

A iniciativa envolve a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), três grandes empresas do setor de telecomunicação, entre as quais a Cisco, e três centros de pesquisa brasileiros. Há ainda participação de duas startups. Os trabalhos serão desenvolvidos até 2026 e reunirão R$ 9 milhões em investimentos da Embrapii e outros R$ 900 mil dos parceiros.

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Segundo Gustavo Correa, coordenador do projeto e gerente de soluções do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento e Telecomunicações (CPQD), a iniciativa deve ajudar a criar soluções seguras e acessíveis principalmente para pequenas e médias empresas. “O 5G traz uma série de oportunidades para a indústria, mas ainda carece de respostas em relação à sua aplicabilidade”, afirma. “O desafio é ter, em um futuro próximo, uma plataforma nacional IoT (Internet das Coisas, na sigla em inglês) industrial habilitada pelo 5G.”

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 30/01/2023, às 16h35

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