
Os pequenos investidores na Bolsa, que já chegam a quase 4 milhões de pessoas físicas, estão tendo problemas em administrar suas aplicações em ações. Com muitos novatos nas operações, houve uma disparada de calotes e a lista de inadimplentes de agosto da B3 é a maior já publicada, com 54 páginas e mais de 2.200 nomes.
A B3 tem divulgado listas periódicas de inadimplentes, mas normalmente com uma, duas ou, no máximo, três páginas. Só este ano, já são perto de 50 listas. A mais extensa até agora havia sido em junho, com 37 páginas, que na época causou surpresa no mercado.
Profissionais em corretoras e gestoras de recursos dizem que parte dos calotes ocorre com pessoas que operam alavancadas. Ou seja, elas pegam crédito e, quando perdem, têm prejuízo muito maior. A conta fica negativa, às vezes em segundos, e o investidor não tem dinheiro ou o ativo para fazer frente à chamada de margem da B3.
É comum relatos de investidor com apenas R$ 500 que fica posicionado no 'day trade' em algumas corretoras em até R$ 100 mil, em minicontratos de dólar futuro. Em tempos mais previsíveis, é possível zerar essas operações mais alavancadas a tempo de evitar prejuízos maiores. Mas, com a volatilidade nas alturas nos últimos dias, os sustos são inevitáveis.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 13/08/21 às 16h39.
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