
Parece notícia repetida, mas não é. O mercado de galpões logísticos – que atendem centros de distribuição e armazenagem – teve novo recorde de locações em 2024, com a demanda puxada pelo comércio eletrônico. Para 2025, a tendência é de continuidade deste ciclo, de acordo com a consultoria imobiliária Newmark.
O saldo entre áreas alugadas e devolvidas, a chamada “absorção líquida”, chegou a 1,3 milhão de metros quadrados em 2024 no Estado de São Paulo, avanço de aproximadamente 18% em relação a 2023. Com a demanda aquecida, os espaços vagos nesses imóveis representavam apenas 7,7% do total no fim de 2024, queda em relação aos 10,7% do fim de 2023, e o menor nível em mais de uma década.
A demanda por esse tipo de imóvel vem, principalmente, das empresas de vendas online e das empresas de transporte de mercadorias. O crescimento da economia brasileira e o aquecimento do consumo ao longo do ano também impulsionaram a demanda de outros setores, como redes de farmácias, supermercados e eletrônicos. As maiores locações no fim de 2024 foram da Raia Drogasil (28 mil m² em Jundiaí), Magazine Luiza (9,7 mil m² em Ribeirão Preto), LG (9,5 mil m² em Cajamar) e Shopee (5,5 mil m² em Guarulhos).
Comércio eletrônico puxa demanda
“Ano após ano, vemos um crescimento do mercado puxado pelo comércio eletrônico”, afirma a diretora de pesquisa de mercado da Newmark, Mariana Hanania. “E a tendência é de continuar crescendo”, emenda, citando o avanço das vendas online em diversos ramos de negócios. “A participação do comércio eletrônico perante o varejo em geral ainda é pequena e tem espaço para aumentar.”
Com o mercado em alta, há pela frente uma quantidade grande de projetos em obras. A Newmark contabiliza o equivalente a 1,3 milhão de metros quadrados de galpões em construção no Estado de São Paulo, com entregas programadas para este ano. O número corresponde a tudo o que foi absorvido por locações no ano passado. Os projetos ficam, principalmente, em Cajamar, Guarulhos e São Bernardo.
A diretora da consultoria diz que a disparada nos juros e o encarecimento do capital não vão interromper os projetos no curto prazo. “O efeito da alta dos juros deve impactar a composição de novos fundos de investimento imobiliário e os empreendimentos no futuro. Mas, agora, esses projetos já estão em obras, próximos da entrega e negociação com inquilinos”, relata.
Aluguéis subiram
Outro fator que tem atraído empreendedores é a valorização dos aluguéis. Em média, os valores pedidos de locação chegaram a R$ 28/m², elevação de 8% na comparação com um ano atrás, quando estavam em R$ 26,1/m².
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 06/02/2025, às 11:18.
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