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Porto do Açu terá planta de combustível verde com investimento de R$ 1 bi

Prumo Logística de uniu a um investidor estrangeiro para viabilizar o projeto

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Foto do author Elisa Calmon
O Porto do Açu está localizado no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro Foto: Divulgação/Leonardo Berenger

O Porto do Açu está se movimentando para ser um dos pioneiros na produção de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil. A Prumo Logística, dona do empreendimento, se uniu a um investidor estrangeiro de peso do setor de renováveis em um projeto que demandará US$ 180 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) em investimentos, com início da operação previsto entre 2028 e 2029, segundo fontes ouvidas pela Coluna.

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O Porto do Açu, localizado no litoral norte do Rio de Janeiro, foi fundado pela LLX, empresa de logística do empresário Eike Batista. Em 2013, o fundo norte-americano EIG comprou a companhia, que passou a se chamar Prumo e tem o fundo Mubadala como acionista minoritário. Com a nova gestão, o empreendimento se reinventou. Entre as principais apostas, estão iniciativas ligadas à energia de baixo carbono, como hidrogênio verde e o SAF.

No caso do combustível sustentável de aviação, o plano é produzir de 40 mil a 50 mil toneladas por ano por meio da parceria com o grupo investidor, segundo apurou a Coluna. A ideia é olhar para a demanda externa, principalmente europeia, e dar prioridade à exportação. A localização da planta no porto é um fator que facilita o envio ao mercado externo, com menor custo logístico.

Metas europeias impulsionam demanda

“O mercado brasileiro de aviação é estressado do ponto de vista financeiro e as regras para descarbonização na aviação são mais flexíveis por aqui. Já as metas europeias são muito agressivas, o que impulsiona a demanda”, afirma uma fonte a par do projeto que falou em condição de anonimato.

O Porto do Açu tem um amplo espaço disponível. Ao todo, o empreendimento tem 90 quilômetros quadrados, dos quais 44 km² estão disponíveis para instalação de outras empresas. Dentro da área à disposição, 3,2 km² já foram reservados em contrato para projetos de energia de baixo carbono. A planta de SAF, por exemplo, deve ocupar entre 100 mil m² e 200 mil m², segundo fontes.

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A familiaridade do Brasil com biocombustíveis faz com que o País seja cotado para ser um polo produtivo relevante de SAF. No entanto, o potencial ainda é pouco explorado, com projetos de produção do combustível ainda em fases iniciais de desenvolvimento. Especialistas projetam que as iniciativas devem ganhar força no final da década, época prevista para o início da produção no Porto do Açu.

Próximo passo inclui bater na porta do BNDES

A iniciativa “já passou do campo das ideias”, segundo uma fonte, com o modelo de negócios, custos e projeto de engenharia inicial já alinhados. Os próximos passos incluem conversas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre uma possível linha de crédito.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 06/03/2025, às 10:42.

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