Apesar de ter sido aprovada ainda pela gestão anterior à privatização da Sabesp, a emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures (títulos de dívida) pela companhia deve selar a inauguração de um ritmo de atividade mais intenso no mercado de capitais, agora como empresa privada.
O anúncio de segunda-feira, 26, foi lido como o início do avanço da concessionária atrás de recursos para fazer frente à necessidade de R$ 70 bilhões em investimentos que conduzirão à universalização dos serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo. Universalização até 2029, em vez de 2033, como determina a lei.
Caso não consiga atingir a meta em cinco anos, a empresa de saneamento terá punições e será obrigada a reduzir os dividendos pagos aos acionistas. Para isso, a Equatorial, nova acionista de referência da companhia e com ampla bagagem neste tipo de operações, usará a baixa alavancagem da empresa de saneamento para fazer dela uma plataforma de captações.
Comparação
No segundo trimestre, o índice medido pela relação entre geração de caixa e dívida era de 1,53 vez. Na emissão autorizada pelo conselho, a Sabesp pagará CDI mais 0,30% ao ano. Para efeito de comparação, em junho, a Aegea Saneamento anunciou a emissão de R$ 750 milhões em debêntures pagando CDI mais até 2,75%. Presente em mais de 500 cidades, a Aegea está mais alavancada. No balanço do segundo trimestre, a relação entre dívida líquida e geração de caixa da empresa estava em 2,47 vezes.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/08/2024, às 17h53.
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