
A Telefônica Brasil, dona da Vivo, desembolsou R$ 130 milhões em contratos de prestação de serviços com startups em 2024, montante 30% maior do que no ano anterior. O valor se refere a todos os serviços contratados pela operadora, incluindo empresas nas quais também é sócia.
O relacionamento com startups tem sido um caminho explorado pela tele para incorporar soluções que ajudem a gerar novas fontes de receita e/ou corte de custos e ganho de agilidade nos processos internos. O movimento faz parte de uma tendência em que as operadoras estão buscando ofertar serviços digitais, indo além da telefonia e internet.
Exemplo disso é a parceria da Vivo com a Klubi, fintech que criou um consórcio digital de celulares para a tele. Outro caso é o da startup de bonificação CRMBonus, que oferece uma moeda digital para os clientes da operadora pagarem produtos e serviços. “Para nós, o relacionamento com startups é uma alavanca para impulsionar o crescimento, seja criando oportunidades para a geração de novos negócios ou resolvendo uma dor interna para melhorar a eficiência da companhia”, diz o diretor da Wayra Brasil e da Vivo Ventures, Phillip Trauer.
Estratégia é de investimento direto
Além dos contratos comerciais, a Vivo colocou de pé, tempos atrás, uma estratégia de investimento direto nas startups por meio da Wayra Brasil e da Vivo Ventures, veículos de corporate venture capital da companhia. Os aportes vão para empresas em estágios iniciais (Wayra) e aquelas mais maduras (Vivo Ventures). As áreas prioritárias de investimentos são educação, energia, saúde, serviços financeiros, casa inteligente e entretenimento.
A Vivo Ventures captou um total de R$ 320 milhões, sendo que, até o momento, já investiu R$ 150,8 milhões - 47,7% do capital alocado no fundo. O dinheiro foi para sete startups, com cheques que variaram de R$ 10 milhões a R$ 30 milhões. Entre os investimentos mais recentes, de 2024, está a Agrolend, fintech que oferece crédito a pequenos e médios produtores rurais. A Wayra, por sua vez, tem 25 empresas no portfólio.
Trauer diz que, neste ano, o grupo continuará atento a oportunidades de investimentos, embora com olhar mais seletivo em função do cenário macroeconômico mais desafiador. “Para 2025, o mercado espera que a persistência de juros globais elevados resulte em valuations pressionados, o que levará a um ambiente de maior seletividade nos investimentos”. Nesse contexto, diz, as startups que possuam modelos de negócio claros e potencial para crescimento sustentável tendem a se destacar.
Além dos setores mencionados acima, a Vivo também está de olho em oportunidades no campo da inteligência artificial (IA). “É inevitável repetir que o momento é o da IA, principalmente com a entrada de novos players que não são restritos por mentalidades tradicionais. Estamos de olho nas startups que tragam soluções tanto verticais quanto horizontais, principalmente na camada da aplicação”, conta Trauer.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 04/02/2025, às 11:41.
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